sexta-feira, 5 de novembro de 2010

MARADONA - 50 ANOS

João Carlos de Freitas faz homenagem à Maradona - TVB - Campinas e Litoral - SBT

HOMENAGEM AO REI PELÉ

O Rei do Futebol completou no último dia 23, a sétima década de vida e não podia ser com outro personagem da história do esporte mais popular do planeta, a estréia do quadro “Que Saudade”, comandado pela Força da Opinião, João Carlos de Freitas, nos programas de sábado TVB Esporte Clube.

Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé para simplificar melhor, tem o hoje o mesmo carisma das épocas em que jogava. Prova disso, é que tem faturamento maior do que estrelas atuais, como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. O craque da camisa 10 em conquistas marcantes de Santos e Seleção Brasileira, o melhor jogador do século e da história do futebol é o primeiro homenageado de João Carlos de Freitas.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

MESA REDONDA NA FAJ

Pela primeira vez falei para alunos do curso de Educação Física. Foi na FAJ, ao lado de Wagner Mancini, onde pudemos conversar com uma platéia numerosa e interessada. Como sempre faço ao abrir os trabalhos, mensuro a presença de torcedores e simpatizantes dos clubes de São Paulo e Campinas. O termômetro são as palmas que peço do auditório para cada time. O resultado tem sido sempre o mesmo nos últimos anos. Corinthians e São Paulo lideram. Às vezes os Corinthianos massacram em intensidade de aplauso. Sem dúvida a torcida do Corinthiana é um fenômeno em todo o Brasil. Em Jaguariúna não foi diferente.


Tínhamos plano para uma hora de palestra. Para nossa surpresa e felicidade também o tempo se estendeu em mais uma hora e assim pudemos ter um bom papo com os alunos. Falamos da Copa de 2014 no Brasil, dos times de Campinas nos brasileiros A e B, mas o tema que mais atraiu foi sem dúvida a participação brasileira na copa da África. Havia unamidade na avaliação do escrete e também um desapontamento geral em relação às ausências dos craques ignorados por Dunga.

Encontros como esse só nos orgulha e engrandece o interesse pelo esporte, por isso nos colocamos sempre à disposição dos interessados. Já com saudade, espero voltar em breve para mais um bate papo.


Abaixo algumas fotos.

João Carlos de Freitas



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CENTENÁRIO DO CORINTHIANS - O DIA EM QUE PELÉ FOI APLAUDIDO PELOS CORINTHIANOS


E efetivamente começa o centenário do timão! Fênomeno popular, por vezes inexplicável, mas que se mantém como uma fortaleza inquebrantável. Conheci o Corinthians nos anos 60, assim como o futebol. Meu tio Miguel, que me ajudou a entender e gostar de futebol, talvez tenha sido para mim o maior embaixador. Ele é corinthiano fanático. Me lembro que naqueles romanticos anos 60, sempre que possível ele estava frequentando os estádios da capital para se encontrar com essa incrível paixão. Minha predileção pelas suas "estórias" era ouvir sua descrição sobre os jogadores do passado. E ele falava com entusiasmo de Tufi, Gilmar, Homero, Idário, Roberto, e seus olhos brilhavam ao escalar o ataque campeão do 4º centenário sobre o Palmeiras em 1954, o ano em que nasci. Claudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Mario. Eram seus grandes ídolos, ao lado de Chico Alves, o rei da voz. Seu desejo era de que eu torcesse para o Corinthians. Naqueles tempos os garotos, quando iam jogar peladas encarnavam algum personagem do futebol. Eu dizia que no gol era Gilmar. Nessa época Gilmar já era do Santos, mas acho que ele tinha alguma esperança de me fazer corinthiano. Até assistir à Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe, dei esse crédito para o tio Miguel. A partir dali, não me contive ante as mágicas do velho Santos da década de 60. Talvez tenha decepcionado a ele. Mas todos respeitaram, afinal minhas razões eram óbvias. O primeiro grande contato que tive com o Corinthians, foi em 1968. Embora acompanhasse desde 61 todos os movimentos da bola, fui apresentado ao Morumbi pelo meu querido Tio Miguel. Foi num Santos X Corinthians. Eu fui lá pra ver Pelé. Até que o rei se machucou ali pelos 30 do primeiro tempo. Macedo, então massagista do Santos, correu de forma desabalada e acudiu às dores de Pelé. Tentou recuperá-lo, mas não foi possível. Naqueles segundos de atendimento, até rezei para que Pelé voltasse. Afinal eu estava ali por causa dele. O Morumbi ainda estava pela metade em seus anéis superiores. Lotado de corinthianos, até porque no primeiro turno o timão tinha quebrado o tabú de onze anos sem ganhar do Santos. Pelé se levantou, bateu a chuteira no gramado, e se rendeu à contusão. Estava fora do jogo. Não conseguia caminhar e Macedo o sustentou pelos ombros. Na caminhada até o túnel, a torcida do Corinthians ameaçou uma certa vaia. De repente, Pelé pede ao massagista que o coloque no chão. Se sustenta com muita dificuldade praticamente com o pé direito pendurado. Acena para a torcida do Corinthiana num educado cumprimento e recebe os mais calorosos aplausos daqueles "inimigos" que o reconheciam com carrasco e insuperável. Não bastasse passam a gritar: PELÉ, PELÉ, PELÉ.... E o rei foi para os vestiários triste por deixar a partida e feliz pela homenagem. Nos meus 14 anos de idade, confesso que esmaguei uma lágrima e passei a entender a razão do Corinthiano ter prazer em estar junto. Eles conseguiram refletir a sede da justiça. Foram justos com Pelé ao reconhecerem sua majestade! Para mim fica uma lembrança que me faz desejar mais 100 anos de existência ao fenômeno de massa chamado CORINTHIANS!!!

João Carlos de Freitas

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

GUARANI CAMPEÃO BRASILEIRO 78 - 32 ANOS

Era um domingo ensolarado. O jogo foi às 4 da tarde, horário nobre do futebol. Foram quase 30 mil almas torcendo pelo bugre. A primeira partida no Morumbi terminou com vitória do Guarani. 1 a 0. Gol de Zenon cobrando pênalti, após leão ter sido expulso por agredir Careca. Escurinho então atacante do Palmeiras foi para o gol. O Guarani entrou como favorito e apenas confirmou. Careca, naquele instante do futebol brasileiro, a maior revelação. Fez o gol do título! Talvez um dos maiores times brasileiros de todos os tempos. Me lembro que João Saldanha, jornalista e cronista esportivo, reivindicava da antiga CBD, o time do Guarani para representar a seleção na copa da Argentina. Dizia: _ A base do Guarani com alguns reforços pode ganhar a copa. O equilíbrio de Zé Carlos, experiente, tinha vindo do cruzeiro e era acostumado a disputar títulos. Um volante clássico, que defendia com elegância e armava com inteligência. Talvez o modelo ideal para a posição em todos os tempos. Pela grandeza do seu futebol deveria ter sido reconhecido como tal. Zenon, armador insinuante e técnico alimentava os gênios da equipe. Renato e Careca. Uma dupla de área comparável às melhores que tivemos no Brasil.

Vínhamos de derrota na copa do mundo. O famoso campeão moral sugerido por Coutinho, não era suficiente para consolar o torcedor brasileiro. Por isso o time do Guarani adquiriu uma enorme importância naquele momento. Representava os anseios do torcedor brasileiro pela beleza do futebol apresentado. Era prazeroso assistir aquele time. Foi um campeão reconhecido nacionalmente. Ganhou campos da América do Sul disputando a libertadores.

É muito justo que lembremos da data. Marca um fato inédito para o interior do Brasil, mas faz voltar à memória um dos grandes instantes do futebol brasileiro. Hoje temos os meninos da Vila. Naquele distante 1978, tínhamos os garotos do Guarani, irreverentes e encantadores na arte da bola!

João Carlos de Freitas

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

PONTE 110 ANOS - MANTIDOS PELA PAIXÃO

Alguém um dia desses escreveu que é uma torcida que tem um time. É um pensamento digno de boa reflexão. Porque alguém iria amar e torcer com tanto fanatismo por um clube que ganha tão pouco? Muitas outras torcidas têm razões obvias e lógicas para se entregar à torcer. Vencem, comemoram títulos, têm grandes times, tudo que um torcedor busca na escolha de torcer. O próprio grande rival da Ponte comemorou tantos grandes momentos dentro do campo, inclusive um campeonato nacional, sem contar inúmeros grandes jogadores que encantaram o torcedor brasileiro. O torcedor da Ponte nunca passou por estas enormes emoções.Então, qual o mistério? Se soubesse responderia nessa crônica humilde. Contudo, freqüentando os estádios de Campinas ha quase 50 anos pude constatar algumas reações. Observei por exemplo que o pontepretano adora se juntar. Gosta da confraternização. O papo solto, mesmo que não seja sobre futebol, o aperto de mão, o abraço parece que tudo isso em nome da satisfação de estar reunido por causa da Ponte Preta. Convido aqueles que gostam de fazer do estádio um campo de observação.Atentem para a reação do pontepretano quando o time entra em campo. Seja num grande momento ou até numa partida inexpressiva. Sua face se transforma. Toma-se por um transe apenas explicado pela lei do sobrenatural. Muitos até esmagam algumas lágrimas pela simples emoção de curtir seus jogadores adentrarem para uma partida. Fenômeno que não escolhe classe, profissão, credo ou raça. Do médico ao operário todos têm o mesmo sentimento. Como diz o a letra do hino composta pelo genial Renato Silva: ESTANDARTE DESFRALDADO, PRETO E BRANCO É SUA COR, PONTE PRETA VEM PRO CAMPO PRA MOSTRAR O SEU AMOR ! Acho que é isso. Mais que futebol. O carinho e a devoção que muitos só encontram ali !

João Carlos de Freitas

terça-feira, 10 de agosto de 2010

BUGRE RECUPERADO

O Guarani fez uma boa partida contra o Avaí. Se considerarmos que a equipe estava pressionada pelos maus resultados pós-copa, o comportamento não poderia ter sido melhor. Wagner Mancini tem se mostrado muito equilibrado. Administra com cautela os problemas internos, que não são poucos, treina o time até a exaustão conseguindo o máximo de seus atletas e adequa perfeitamente o esquema tático à característica dos jogadores. Não possui um meia especialista na armação, por isso usa quase sempre a força dos volantes Renan e Baiano para reter a bola e conseguir uma transição para o ataque dentro de padrões razoáveis. Mario Lúcio tem boa técnica e quando consegue se impor a qualidade da armação melhora. Ele tem ocupado o lado esquerdo da meia e Baiano até pelas características, é um ex-lateral fica com o outro lado. Paulo Roberto faz um limpador de pára brisa à frente da zaga e cria boas condições para que Careca e Heifner ataquem. Contudo, não é um time brilhante capaz de clarear todas as jogadas para Mazolla ou Xavier. É que quando a bola chega para Mazolla o time se transforma. Ele é acima da média e consegue desmoronar as defesas. Xavier é técnico, contudo precisa se consolidar como o substituto de Roger. É um bom time quando funciona o coletivo. Evidente que tem de se reconhecer o talento de Mazolla e seus companheiros devem jogar pra ele sem vaidades. Vai garantir muitos "bichos".

O campeonato está equilibrado por baixo. Por enquanto apenas Corinthians e Fluminense se desgarraram. Mas para o Guarani isso é bom, porque o excesso de empates entre as equipes permite ao Guarani sempre boas colocações. Se o trabalho não sofrer interferências nefastas, a equipe tem tudo para brigar por uma sul-americana.

João Carlos de Freitas

quarta-feira, 28 de julho de 2010

MANO MENEZES

Por linhas tortas chegamos a um bom nome. Mano é muito habilidoso. Às vezes fico me questionando: Será ele gaúcho mesmo? É que seu "jeitinho" manero remete ao jeito mineiro de ser. Fala mansa, ouve muito fala pouco, observador dos quatro cantos, pensa muito nas respostas, não oferece intimidade de impulso, às vezes até desconfiado. É um gaúcho amineirado! Na apresentação sua entrevista foi convincente. Criticado mesmo foi Muricy, por aqueles que gostariam de vê-lo a qualquer preço na seleção. É que Muricy não paga qualquer preço. Levou em conta o famoso "fio de bigode". Isso está em desuso, mas é sempre um comportamento exemplar e admirável. Perguntado sobre o sentimento de ser o segundo, Mano desconversou e valorizou o posto. _ Num país em existem cerca de 50 técnicos é uma boa colocação. E tirou a entrevista de letra. Muricy é de fato o melhor treinador. Contudo às vezes me pergunto: Mas a seleção precisa de treinador? É que ela se impõe pelas individualidades e não pelos treinamentos, já que o tempo é inimigo dessa prática. Ainda mais agora que não passaremos pelo tordeirinho das eliminatórias. Teremos torneios relâmpagos, portanto o produto do futebol apresentado não virá dos treinamentos e sim da sintonia do grupo. Logo, a grande virtude do treinador não será respeitar as jogadas ou ensaiá-las para entrosar o time. Convocar os melhores segundo nossos conceitos, administrar os interesses entre jogadores, clubes, cbf, empresários, procurar estabelecer um relacionamento transparente e respeitoso com a imprensa e claro buscar os resultados, fundamentais para o sucesso do trabalho. Considero Mano capaz de realizar todas essas tarefas. No Corinthians conseguiu lidar com todos os fatores de conflito. O caso Ronaldo foi a grande vitória na passagem pelo timão. Tirou o que Ronaldo poderia oferecer e acomodou todas as turbulências próprias desse relacionamento. Não creio que a seleção poderá oferecer mais pressão à Mano do que o Corinthians. Mesmo como segunda opção, foi uma boa escolha. Ele será capaz de conduzir a seleção aos seus objetivos, mesmo que na primeira convocação tenha chamado Jucilei, que tem o mesmo empresário seu e não é a primeira opção dentro do time corinthiano. Como ninguém é de ferro, vamos dar a ele esse voto de confiança!

João Carlos de Freitas

segunda-feira, 19 de julho de 2010

SOBRE PONTE E GUARANI

Foram bons os resultados das nossas equipes. É difícil tirar pontos do Sport na Ilha. O mesmo podemos aplicar ao Botafogo no Engenhão.

No sábado a Ponte fez um belo primeiro tempo. Consistente na defesa, e meio de campo. Souza estava inspirado na primeira etapa. Defendeu, marcou e arriscou-se ao ataque. É um jogador com bom potencial. Tem força, personalidade. É capaz de sair para atacar. Deve contribuir bastante nessa recuperação da equipe. Jorginho tem optado por 3 volantes no meio. Josimar, Souza e Guilherme têm se revezado nas funções atribuídas. Não existe o cabeça de área fixo, portanto os três ocupam espaços de acordo com o andamento. Não são rápidos, mas têm boa técnica para dominar o setor. Naldo vai se firmando e confirmando as observações de Ferreirão, quando ainda jogador do União S.João. Ferreirão me disse certa feita em entrevista à rádio CBN que Naldo era zagueiro para time grande. Reis tem sido a grata surpresa da equipe. Jogador com poucos dotes técnicos mostra um potencial de garra e superação. Tem feito gols e isso é o mais importante. Falta Bruno Collaço aparecer mais, vamos aguardar. Contudo Vicente não pode ser esquecido. É experiente e capaz de dar equilíbrio ao setor também. A Ponte está fazendo um campeonato de recuperação, já que negligenciou as sete primeiras partidas e pode pagar caro por isso.



Domingo, o Guarani poderia ter vencido. Tem mais equilíbrio que o Botafogo. O time se defendeu bem de um adversário desorganizado e tenso diante sua torcida. Foram mais de 70 passes errados na partida. É que o Botafogo não tinha criatividade e o Guarani custava a acertar a conta ataque. Mazola é um jogador diferenciado. Precisa melhorar a finalização. Mas é capaz de sozinho desmontar a defesa adversária. Foi assim no gol do Guarani, quando baliou em cima de Dani Morais. O goleiro Douglas está sobrando. Fez uma partida nota 10. É rápido e ligado na partida. Mancini está trabalhando Mario Lucio. Seu futebol começa a amadurecer. É leve, toca bem e tem inteligência para armar. Precisa de seqüência e confiança, tarefa que o treinador tem se incumbido. Com pouco mais de posse de bola e calma o Guarani poderia ter vencido. Contudo foi superior tecnicamente ao Botafogo. Com 13 pontos ganhos ocupa a 8ª posição, muito além da previsão inicial. Poderá de novo encostar no G4 se vencer o Ceará em Campinas. Será um jogo bem diferente. O Ceará é defensivo e o bugre terá de ter a iniciativa da partida. É jogo para se vencer, embora com alguma dificuldade.

Foi uma boa rodada para nossas equipes!

João Carlos de Freitas

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O DESABAFO DE JORGINHO

Tudo que temos observado e comentado, apontando os defeitos e a fragilidade do time da Ponte foram confirmados pelo treinador Jorginho. É uma equipe sem nenhuma condição de responder pelos objetivos traçados, que segundo o treinador, são de acesso à primeira divisão. Jorginho foi mais além e acusou alguns jogadores de frieza e pouca vibração, incapazes de envergar a camisa com o nível que se exige de um jogador da Ponte.

Ocorre que o presidente Sérgio Carnielli fechou a "torneira". O caixa está lacrado e o dinheiro é curto para a trajetória estabelecida. O orçamento do clube inicialmente planejado para a temporada contemplava outras prioridades e o futebol seria secundário. A Ponte não tem grandes fontes de arrecadação. Não pertence ao clube dos 13 e, portanto não recebe as boas verbas destinadas aos integrantes desse fechado grupo de equipes brasileiras. Sua bilheteria mal sustenta as despesas dos jogos. O Marketing não responde na exata medida das suas necessidades e a geração de recursos é pequena , as verbas de transmissão que recebe são irrisórias. Daí a dependência que o clube tem dos recursos do próprio presidente. A cada dia ele se torna o grande "credor" da agremiação. Assim o time de futebol começa a sofrer as conseqüências. São bons jogadores, mas que ainda não suportam jogar com a necessidade que o clube impõe. Jorginho foi muito claro nas suas declarações: _ Ou se reforça ou estou fora, disparou em tom de desabafo!


João Carlos de Freitas

terça-feira, 1 de junho de 2010

O GUARANI E A SOMA DE PONTOS

O Guarani está apresentando um bom futebol nesse início de brasileiro. O clube se dá bem em campeonatos nacionais. Desde 1973, quando disputou pela primeira vez a equipe fez bonito. O auge claro foi em 78. Aquele time encantou e foi campeão. Me lembro do Dr. Sinésio Pedroso, dono da Rádio Brasil, que sempre assinalava esse fenômeno. Dizia: _ O Guarani é bom de brasileiro, a Ponte de Paulista!

Havia muita preocupação com relação aos primeiros jogos. Em conversa com Mancini, percebi sua preocupação também. Disse que estava preparado para 5 derrotas antes do recesso. Isso não vai acontecer felizmente. Partidas bem jogadas que foram contra Santos e São Paulo têm de vir acompanhadas de bom resultado também. Em Santos um empate e domingo uma vitória. Até porque esses dois grandes adversários deram inúmeros espaços para a movimentação do time.

Contudo, Mancini não deve se iludir com esse bom início. O campeonato é cruel. Mesmo jogando bem os resultados custam a acontecer. Se jogar mal então fica quase impossível. Existem partidas das mais diversas categorias. Contra os bem dotados tecnicamente que jogam e deixam jogar, contra aqueles que consideram o bugre adversário de tabela que vão competir ferozmente. Ex: Goiás, Atlético, Grêmio Prudente, Avaí, Vitória, aqueles com os quais o Guarani terá de disputar colocações. Existem também times grandes com pouca técnica e buscam a superação. Ex: Vasco, Botafogo, Atlético Mineiro. Portanto o campeonato é de difícil compreensão.

Por isso que o Guarani terá de manter esse rendimento, se possível perseguir um pouco mais os resultados e fundamentalmente se fortalecer durante o recesso. Terá de buscar pelo menos mais três jogadores de boa condição. Que possam até roubar vaga dos titulares ou no mínimo se prestarem a boas opções no decorrer do jogo. Campeonato brasileiro exige elenco e nesse ponto o Guarani está carente.

João Carlos de Freitas

quarta-feira, 19 de maio de 2010

JORGINHO - NÃO É ESSA A HORA!

Jorginho tem muito prestígio junto à torcida do Palmeiras. Na pesquisa realizada pelo site sobre a substituição de Antonio Carlos, Felipão foi o grande vencedor mas Jorginho ficou em 2º. 10% da preferência é uma boa aceitação. Jorginho deixou saudades no Palmeiras, na transição Vanderlei - Muricy, ele respondeu com muito sucesso pela equipe. Despertou atenção no mercado e logo o Goiás lhe fez convite. Por lá a passagem foi modesta. Não teve o mesmo brilho do Palmeiras.

Sou da tese que treinador tem que construir a carreira pelos degraus da escada. Não acredito naqueles que são colocados no topo, sem ter conquistado os degraus. Dunga é um bom exemplo. Mesmo com bom trabalho à frente da seleção, comete erros que são próprios dos inexperientes. Jorginho tem se mostrado competente nesse início de carreira, lembra Muricy em algumas características, embora não goste de creditar a outros treinadores sua formação. Possui princípios, conviccção, conceitos futebolísticos e demostra uma liderança marcante o que lhe dá autoridade na função.

O Palmeiras está muito turbulento. Não oferece condições estáveis para se trabalhar. Portanto, menos pelo treinador, não creio ser esse o momento dele assumir o cargo. O perfil terá de ser para um treinador de peso. Felipão, Abel Braga, Carpegiani , Autuori, possuem carreiras consolidadas e talvez pudessem suportar o "terremoto". Enquanto isso Jorginho tem a grande oportunidade de se firmar e receber o reconhecimento do mercado através do trabalho na Ponte Preta. Ele deve considerar, que se for bem sucedido no clube as portas se abrirão como aconteceu com outros profissionais: Cilinho, Zé Duarte, Jair Picerni, Nelsinho Batista, Sérgio Guedes dentre tantos.

João Carlos de Freitas

quinta-feira, 13 de maio de 2010

DE OSCAR E AMARAL A LUIS FABIANO E ELANO!

Guarani e Ponte Preta como bons formadores, forneceram inúmeros jogadores para a seleção brasileira. A dupla de zaga titular de 78 foi formada em Campinas. Oscar zagueiro central da Ponte veio de Monte Sião trazido por Mario Juliato e Amaral veio da capital buscar teste no bugre e pelas mãos de Roberto Lazaretti se revelou um grande quarto zagueiro. Destaque-se que na copa de 78 Carlos, o ganso e Polozzi reserva de Amaral eram também jogadores da Ponte Preta. Em 1982, Juninho foi reserva de Oscar, este já no São Paulo, mas Juninho era jogador da Ponte Preta. Carlos seria o titular da seleção na Espanha, mas se envolveu com Ramon Dias, atacante argentino, no mundialito do Uruguai em 81, fraturou a clavícula e perdeu a posição. Mas estava no grupo como 3º goleiro jogando na época ainda pela Ponte Preta. Em 86 no México, enviamos Julio César, então zagueiro do Guarani. Júlio foi titular ganhando a vaga de Oscar, que já se preparava para encerrar a carreira. Carlos foi titular, mas já não jogava pela Ponte Preta e Edson, então reserva de Leandro, que "desertou" à última hora fez a primeira partida contra a Espanha onde vencemos por 1 a 0 . André Cruz, jogando pela Ponte Preta seria o titular em 90, mas uma contusão o tirou do time titular. Contudo outros jogadores formados em Campinas serviram a seleção em copas do mundo, jogando por outros clubes. Dentre eles Renato, que foi reserva de Zico em 82, e o maior deles todos Careca, titular em 86 e 90, jogando por S.Paulo e Nápoli. Luis Fabiano e Elano seguem o mesmo caminho. Fabiano, como era chamado nos tempos de Ponte Preta, foi descoberto por Marco Antonio Eberlim, então diretor de futebol, lá no campo do Alvorecer, time amador da cidade, que revelava jogador. Fabiano era rebelde, truculento, irreverente e não foram poucas às vezes que a própria torcida da Ponte o censurou sem contar vaias que recebia por deficiência técnica. Muitos o chamavam de grosso. Marco Aurélio Moreira, treinador do júnior em 98 na copa S.Paulo sempre afirmava: _ Tenham paciência, ele vai jogar na seleção brasileira. Tinha razão Marco Aurélio. Elano veio de Iracemápolis. Era meia atacante. Não tinha agressividade, embora se destacasse, mas outros jogadores apareciam mais e assim o Guarani negligenciou Elano, até perdê-lo. Elano ficou sem jogar por sete meses, esquecido e pensando em parar com a bola. Foi na Inter de Limeira que ele retomou a carreira. Um dia Gersinho, sabendo do fato imediatamente o recomendou para o Santos, onde Giba treinador das equipes de base o transformou em 2º volante. Estava nascendo um jogador de seleção brasileira. Os times de Campinas merecem, portanto elogios pelos jogadores que produziram e disputaram ou disputarão Copa do mundo. OSCAR, AMARAL, CARLOS, POLOZZI, JUNINHO, RENATO, JULIO CESAR, EDSON, ANDRÉ CRUZ, CARECA, LUIZÃO e em 2010 ELANO E LUIS FABIANO como titulares absolutos.

João Carlos de Freitas

PARA DUNGA A VOZ DO POVO NÃO É A VOZ DE DEUS!

Em nome da coerência e outros valores óbvios, Dunga não ouviu o clamor popular no fechamento da lista final do elenco que vai à copa. Vamos privar o mundo de assistir talentos raros do futebol Neymar, Ganso e Ronaldinho Gaucho representam a cara do verdadeiro futebol brasileiro. Nós fomos habituados com futebol alegre, artístico, talentoso e ofensivo. A excelente fase de Ganso, Neymar e até Gaucho não foi suficiente para sensibilizar e seduzir o treinador da seleção.  Francisco Sarno, grande treinador nos anos 50 e 60, filósofo do futebol escreveu um livro chamado "Futebol-A dança do diabo". Descrevia as injustiças, as malandragens, os truques que fazem um jogador ou até um time vencedor. É um esporte fascinante porque não obedece a nenhuma ciência, princípio ou tratado. Tem na verdade uma lei reconhecida pelos 5 bilhões de habitantes da Terra que consomem esse esporte, chamado de universal por muitos. Cheio de segredos, encanta pela simplicidade na forma de jogar. É a lei do talento. A maioria dos jogadores de futebol faz a mesmice. Obedece ao treinador, acredita no vigor físico, acompanha alguns manuais e por ai vai. Por ser simples produz alguns diferenciados. São tão poucos no universo total a ponto de serem lembrados e canonizados pela eternidade. Não passam de 50 ao longo de toda história. Desses 50, a maioria nasceu no Brasil, com certeza o povo que mais assimila, pratica e vive o futebol. Por isso o povo entende até os métodos e critérios adotados na formação da seleção brasileira. O povo não queria desmanchar os conceitos de Dunga, nem mesmo interferir radicalmente na sua lista. Queria apenas uma pequena participação. Para se alegrar e exacerbar sua auto estima, via de regra tão baixa. O povo queria Neymar, Ganso e até Ronaldinho Gaucho. Mas já estaria feliz com apenas um destes.
O futebol não gosta de desaforos. Dunga fez um desaforo ao futebol . Atendeu a convicções inexoráveis. Não teve o balanço e o jogo de cintura dos craques. É um mau presságio. Em 70 Zagalo ouviu o povo e escalou a seleção que todos queriam. Foi um sucesso. Em 66, Dias, Carlos Alberto e Djalma Dias foram preteridos, em 78 Falcão ficou de fora, Telê tirou Renato Gaúcho em 86 e Leandro se rebelou, em 90 Neto seria o camisa 10 e Lazaroni preferiu Bismark. Perdemos em todos esses anos. Se Dunga fosse o treinador da seleção em 58, em nome da sua coerência, não levaria Pelé à Copa !!!


João Carlos de Freitas

quinta-feira, 6 de maio de 2010

OS ERROS DO CORINTHIANS!

A eliminação do Corinthians da Libertadores tem de servir como lição. O clube tem pouca experiência na disputa e somente a repetição é que vai amadurecer efetivamente a equipe. Não se pode dizer que o time foi mal. Em oito partidas disputadas ganhou 6, empatou uma e perdeu a que não poderia. É um regulamento cruel e como tal deve ser tratado. Às vezes é interessante manipular segundo a conviniência. O Corinthians foi com muita sede ao pote e não trabalhou alguns detalhes, vamos enumerá-los:

1-) Derrubou o que vinha dando certo em termos táticos: o trio Dentinho- Ronaldo - Jorge Henrique foi desfeito no início da temporada.

2-) Os testes foram equivocados. Bons jogadores vieram, mas ao invés de conservar a base do meio para a frente, Mano foi testanto pelo velho método tentativa e erro. Deveria ter mantido o trio e os testes poderiam ser feito um de cada vez. ex: alguém no lugar de Dentinho, mas mantendo Ronaldo e Jorge Henrique e assim por diante.

3-) Mano confiou em Tcheco, tentando repetir sua filosofia do Gremio. Não percebeu que no estilo do Corinthians Tcheco teria dificuldades pela sua lentidão. O mesmo se aplica a Yarlei.

4-) Depositou todo sistema de jogo em cima de Ronaldo. Ele sabia da limitação do fenômeno e não conseguiu preparrar um plano B, para momentos de dúvida. Concebeu Ronaldo Como um verdadeiro "sócio" do time. Ronaldo não se comprometeu no mesmo nível de todos. Diretoria, Comissão tecnica e torcida.

5-) Mano custou a colocar o time titular em campo, embora soubesse qual era. Neglicenciou o paulista, quando poderia ter repetido o time ideal. Quando percebeu que o melhor seria a velha formação com os tres atacantes, já era tarde. Os que mais perderam rítmo foram Dentinho e Jorge Henrique, já que Mano teimou em substituí-los.

6-) A escolha da filosofia de jogo estava correta, mas com a inconstância na escalação do trio, diminiu o rítmo.

7-) Ao identificar que poderia ter o Flamengo nas oitavas deveria ter "provocado" um outro caminho. Ficou na mira do obstáculo e correu um risco desnecessário que lhe custou a desclassificação!

Portanto libertadores não se ganha apenas dentro do campo. É um torneio e não um campeonato de regularidade. É preciso contudência, organização e inteligência. Faltou ao corinthians a "maladragem dos experientes"!

João Carlos de Freitas

terça-feira, 4 de maio de 2010

SELEÇÃO DO CAMPEONATO PAULISTA!

Existe uma corrente considerável da crônica esportiva brasileira que combate ferozmente a realização dos campeonatos estaduais. Alegam que os grandes abastecem os pequenos e se prejudicam por isso. Dizem também que são campeonatos que não levam a nenhum lugar. É uma visão que não combina com os conceitos democráticos, se considerarmos o interesse dos torcedores nos confrontos de rivalidade. O campeonato paulista 2010 reforça a validade da competição. Muito disputado nível técnico à altura dos melhores campeonatos do mundo e dois finalistas que encantaram o público esportivo. Esses críticos terão que aguardar por muito tempo a negação dos estaduais. Talvez nem vivam pra ver! Para celebrar o excelente nível técnico do campeonato vai aqui minha seleção do campeonato, a saber:

JULIO CESAR (SANTO ANDRÉ), CICINHO (STO ANDRÉ), DRACENA ( SANTOS), MIRANDA ( SÃO PAULO), ANDREZINHO(BOTAFOGO) , ASSUNÇÃO( PRUDENTE), BAIANO ( PAULISTA), PAULO HENRIQUE GANSO (SANTOS), RODRIGUINHO (SANTO ANDRÉ), RICARDO BUENO (OESTE) E NEYMAR ( SANTOS) ,TECNICO: SERGIO SOARES (SANTO ANDRÉ)

MELHOR JOGADOR: PAULO HENRIQUE GANSO
REVELAÇÃO : RICARDO BUENO


João Carlos de Freitas

quinta-feira, 29 de abril de 2010

CORINTHIANS VAI MORRER COM RONALDO!

Tudo consumado. De fato existe um total comprometimento do Corinthians com o ex-fenomenal atacante Ronaldo. Após a derrota para o Flamengo, na coletiva de Mano Menezes a situação ficou muito clara. Representando todo o projeto, Mano parece ser um porta voz perfeito na defesa do caso. Ronaldo é muito mais que um jogador do Corinthians, aliás, o que ele menos tem sido neste ano é JOGADOR. Ele nos deprime com sua total falta de capacidade física para jogar futebol. Sua participação no ataque do Corinthians é uma negação de tudo que nos representa. A devoção do povo brasileiro ainda é enorme ao fenômeno! Constrange até os comentaristas globais e por vezes corporativos que buscam de toda forma minimizar a vergonha que Ronaldo está passando e nos fazendo passar também! A preocupação vai desde um simples domínio de bola, fundamento muito simples pra ele até uma deficiência de SAÚDE. Já presenciei muito torcedor preocupado e incomodado com o sacrifício que Ronaldo demonstra ao se movimentar. Sua respiração ofegante, a deselegância nos passos, o desleixo com sua figura de atleta. Contudo parece que o Corinthians não possui um plano B desenvolvido. E deveria ter! É que tudo foi calculado em cima de Ronaldo! Acrescente-se ai principalmente os planos de Marketing, movimentam hoje cerca de 20 milhões de reais mês. Portanto está muito nítido que sua relação com o Corinthians é de sociedade, onde é tratado como majoritário! O projeto seria totalmente vencedor se houvesse um mínimo de presença do craque em campo. É que o futebol não aceita esses conchavos e expurga muitas aventuras. A aventura de Ronaldo no projeto "Centenário do Timão" está caminhando para um triste fim! Contudo é uma opção do Corinthians. MORRER COM RONALDO!


Abraços a todos!

João Carlos de Freitas

terça-feira, 27 de abril de 2010

PISTAS SOBRE A CONVOCAÇÃO DE GANSO!

Dunga já tem sua lista fechada. Fechou questão sobre o critério e considera os quatro anos de trabalho, dando preferência aos que freqüentaram a seleção nesse tempo e na sua concepção tiveram aprovação. Além do fundamental para servir a seleção, Dunga valoriza muito a fidelidade. Observou jogadores que se esforçaram sempre para atender as convocações. Aqueles que se dispuseram a "peitar" seus clubes de origem. No decorrer teve algumas diferenças com "medalhões" da seleção, dentre eles Kaká e Ronaldinho Gaucho. Kaká superou e hoje é membro do "clã" Dunga, Ronaldinho não se reconciliou, por isso vai ficar fora. Presente em todas as discussões sobre seleção, a convocação de Ganso e Neymar. O segundo deverá ficar para uma próxima oportunidade, contudo Ganso pode ganhar lugar aos 45 do segundo tempo. Eis algumas razões que consagram a profecia:

1º) O clamor popular e a posição da imprensa brasileira, quase que unanimente, pedem Ganso no grupo.

2º ) A posição em ele joga tem carência no time. Kaká não está em condições ideais e não tem um substituto com essa característica. É, portanto uma solução técnica e principalmente tática.

3º) Romário é o maior amigo de Dunga no futebol. Eles vivem uma relação de extrema confiança. Romário é favorável e "canta" essa bola. Esse assunto é tema quando conversam. Romário está encantado com o Santos e não economiza elogios para os jogadores do Santos principalmente Paulo Ganso.

4º) Correram "rumores" ha 15 dias atrás que a CBF teria pedido ao Santos, documentos do jogador para "atualizar" seu passaporte.


Portanto são razões consideráveis para esperarmos por esse presente do técnico da seleção ao povo brasileiro.

Abraços!

João Carlos de Freitas

quinta-feira, 22 de abril de 2010

TELÊ SANTANA - AUSENCIA DE 4 ANOS!


Em 2006, no dia 21 de abril partia para outra dimensão o "imortal" Telê Santana. Em véspera de Copa, é bom lembrar de alguém que tratou a bola com muito carinho, mesmo não sendo um jogador fora de série, porém resgatou como treinador à verdadeira vocação do futebol brasileiro. Tivesse vencido a Copa de 82, talvez o futebol de hoje fosse diferente. É que ali, muitos treinadores sepultaram o futebol arte, bem jogado, com técnica e beleza. Alguns pequenos lampejos experimentamos, mas sempre por tempo limitado. O Santos de hoje é um bom exemplo. Telê era disciplinador, mas valorizava o craque como ninguém. Tenho certeza que as polêmicas do momento, não ganhariam força com o mestre. Ele ordenaria imediatamente a convocação de Neymar, Ganso e Ronaldinho. No seu desejo de perfeição Telê supervisionava até o gramado do jogo, fosse do seu time ou até dos campos adversários. Quanta vez era surpreendido tapando buracos, tirando mato da grama, cuidando enfim para que o craque tivesse condição de jogo! Inúmeros atletas e treinadores de hoje devem a carreira para Telê: Cafú, Ronaldão, Muller, Rai, etc. Mas com certeza a herança maior ficou com Muricy Ramalho. Este foi talvez o discípulo mais fiel do mestre. Uma espécie de S.Pedro, que hoje divulga, imita e não deixa que Telê se afaste do pensamento do torcedor! É sempre bom pedir bênçãos a Telê Santana !

João Carlos de Freitas

terça-feira, 20 de abril de 2010

CARTA DE UM PONTEPRETANO DESILUDIDO E DESACORÇOADO!

Caro leitor, quem escreve estas linhas é um Pontepretano de 44 anos, e há 31 anos torcedor da Ponte Preta. Levado ao Estádio por Pedro Perez(Da Vila Pompéia) para assistir uma partida no Majestoso contra a Lusa, tive a oportunidade de ver Tuta, Marco Aurélio, Dicá, Lúcio, Vanderlei, Carlos, Oscar, Odirlei, Toninho e tantos outros craques. Quando cobravam escanteio em nossa área, o Carlão fazia uma “ponte”, caía com a bola, e lançava com as mãos o Odirlei, que já estava próximo ao meio campo. Quando o Carlão pulava e pinçava a bola no ar, é como se Eu estivesse pulando. Quando o Dicá, recuava dois passos da bola para bater uma falta, era como seu Eu fosse bater a falta. Com o grito da torcida de “olê, olê, olê Ponteee Ponteee ”, meu coração passou a bater forte e me contagiei com um vírus sem vacina. Pronto, a doença de amor à Ponte estava em plena expansão pelo sangue, daí por diante, com o veneno instalado em cada poro, vi a quase classificação ao Brasileiro em 1978, assiste aos vices-campeonatos paulistas em 1979, 1981 e 2008. Muito sol na cabeça, muita maconha fumada por tabela, muita chuva e muitos celulares se foram. Desconforto, irritação, rouquidão de tanto tentar empurrar o time das arquibancadas, horríveis e sem nenhum conforto, como se o torcedor fosse passageiro do Navio Negreiro.

Não se tem onde estacionar o carro, os banheiros são fétidos, não há higiene, mas vamos lá, o viciado, envenenado, apaixonado, não mede esforços, vai lá no Majestoso de qualquer jeito. Paga ingresso diferentemente da Organizada, aquela que apedreja o ônibus de time em fase de desmantelamento, quando o Campeonato já acabou. Como um meio de mostrar minha contrariedade passei a ver os jogos pela TV. É de matar, não se respira direito, nada pode atrapalhar, a patroa nem perto chega.

Comentaristas esportivos de segunda linha fazem comentários absurdos, dignos de quem nunca pisou num gramado e deu um toque de classe numa pelota de couro. Tenho formação superior, tenho família, tenha profissão de ouro, sou de classe média, moro bem, mas volta e meia, estou lá, em meio aos maconheiros e baderneiros, e que não venham os falso-moralistas de plantão, pois este é o fato nos Estádios, e no Majestoso não seria diferente.

O cabra sai de casa pra fumar canabis no Estádio em meio a um monte de cara feio. Vi durante estes mais de 30 anos, craques serem vendidos e ninguém esclarecer para onde foi o dinheiro e porque não veio um igual ou parecido imediatamente! Lembro das vendas de Rui Rei, Toninho Oliveira, Edison Abobrão, Carlão, Oscar, Polozzi, Juninho( este num dérbi no Brinco, em cinco minutos de jogo deu um ponta-pé no Careca que o barulho ecoou- Vermelho é lógico). Vi o péssimo negócio realizado com o meia Renato. Péssimo contrato, e agora vira briga eterna. Torci tanto por Wanderlei, daí sumiu pro Cruzeiro. Lá se foi Danilo Neco e tantos outros irão, como vai o Tinga. O triste é que nos momentos que estão indo bem , aparecem os malditos empresários e o rendimento do jogador vai à zero.

Claro exemplo disto foi o lateral direito - Edílson, durante as negociações o jogador não conseguia mais jogar bola direito. Mas e o torcedor? Aquele que se o Estádio está vazio, mesmo a TV bancando tudo não dá graça ao espetáculo, é como bolo sem açúcar. Bonito mas sem sabor.

Quando a Ponte perde no final de semana, aquela semana pra mim é ruim. Quando ganha, tudo fica bacana e maravilhoso, parece que os problemas vão embora. O grande problema é quando perde jogando sem raça, sem graça, sem força, sem animação. Cair em pé, significa que perdeu, mas deu tudo de si. Porém, ultimamente isto não ocorre, parece um bando em campo, parece que nunca se viram, erram passes de um metro. E os treinos, físicos, táticos...? . Assisti o jogo contra o Paulista. O lateral esquerdo do Paulista errou o cruzamento na linha de fundo, a bola foi lançada no meio campo no Contra-ataque. O lateral voltou e tomou a bola do meia da Ponte! Durante todo o Campeonato Paulista foi assim, um banco de mal preparados fisicamente jogando contra jogadores em forma.

Não conheço um time que tenha três jogadores no Departamento Médico por lesão no Cruzado- Jean, Leandrinho e Eduardo Arroz, fora os que já se recuperaram, não pode ser coincidência!

Um contra-ataque da Ponte está demorando quase três partidas para ocorrer! Onde está aquele Fabiano Gadelha que foi contratado, que ganhava jogos pelo Marília sozinho, o coitado se arrasta em campo! O que está acontecendo com a condição física dos atletas? Alguém pode se responsabilizar pela péssima campanha na série B e no Paulista? O Sérgio Guedes é que pagou o pato pelo time ridículo que estava treinando.

Finalizo estas linhas, esclarecendo aos jogadores que vão permanecer e aos que virão para a série B de 2010, que não agüento mais ver jogadores passando pela Ponte como se esta fosse uma “ponte” para times melhores.

Não agüento mais estas verbinhas passadas pela Federação como se fosse esmola aos pequenos. Pra você R$500.000,00 e para você R$10.000.000,00. Não agüento mais ir a um Estádio que parece um lixo, não tem segurança, não tem estacionamento, é um fumódromo de maconha, é um desrespeito ao nome do saudoso Moisés Lucarelli!

Não agüento mais ver jogador se arrastando em campo, parecendo um time de Masters! Se não tiver vergonha na cara, amor pelo Clube e postura de macho, fica em casa, não apareça em campo, não faça sofrer este coração pontepretano que já não agüenta mais.

Se este ano continuar assim:

Desrespeito ao torcedor – desconforto para o torcedor – falta de segurança para o torcedor – jogadores moles e sem condição física – derrotas com time sem graça, juro que nunca mais torço pra Ponte, CHEGA!!!

Palavra de Panoramense (Panorama-SP)!

ERALDO J. BARRACA
19.4.2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

WÁGNER MANCINI

Estrategicamente o Guarani anunciou a contratação de Mancini. Ele acertou contrato até o final do mandato de Leonel, daqui um ano exatamente. Permite também opção de renovação para o próximo mandato. Pelo costume brasileiro no que se refere ao conceito dessas "uniões", acho dispensável esses protocolos. O treinador tem contrato enquanto vence, portanto é sempre interino e dependente de resultados. Esses chavões de planejamento, trabalho à longo prazo, integração com depto amador, enfim não existe projeto sólido entre treinador e clube. Apenas vitórias garantem longevidade. Embora Leonel não seja adepto de troca de treinadores, não é a única razão de vínculo. Mancini foi formado no Guarani como jogador, depois foi para o Vasco e teve até uma boa carreira como atleta. Era um meia ponta de lança, como se dizia na época. Inteligente, elegante, clássico, lembrava pela movimentação e boa técnica ao Dr. Sócrates, que surgira nos anos 70. Treinador por acaso, quando sucedeu a Ferreirão no Paulista, levou a equipe de Jundiaí ao seu momento maior no futebol. Campeão da Copa do Brasil em 2006. A partir de então Mancini entrou no mercado como "grande novidade" e voltou a fazer bom trabalho no Vitória da Bahia em 2008. Não foi feliz no Grêmio, Santos e Vasco. Acho que tem boas chances de sucesso no Guarani. Terá um início turbulento. Desse grupo atual vai aproveitar muito pouco. Cleber Goiano, Xavier, Fabinho a principio são os favoritos para a permanência. Os demais terão de ser reavaliados. Portanto um novo time será formado. Efetivamente ele assume dia 22, após o jogo contra o Santos. Terá cerca de 15 dias para trabalhar visando a estréia. Contudo, o recesso para a disputa da copa do mundo deverá ser o grande trunfo no seu trabalho. É o período em que ele terá para observar, reciclar, corrigir e padronizar a equipe.

Abraços a todos.


João Carlos de Freitas

quinta-feira, 15 de abril de 2010

SANTOS F.C. 98 ANOS - "UM APERTO DE MÃO"

Para homenagear os 98 anos do Santos F. C. quero contar uma pequena história, com h mesmo, ocorrida no início dos anos 60.

No bairro jardim 4º centenário de Campinas, vivia um garoto apaixonado por futebol como a maioria dos meninos da época. Eram tempos da brincadeira do jogo do peão de madeira, o perna de pau, bétis, bolinha de gude, banho na pequena lagoa do bairro, até uns lambaris se pescava naquelas águas turvas e cheias de taboa. Os moleques do 4º centenário aprendiam a nadar naquelas águas. Eram jogados ao "deus dará" e saiam nadando. Confirmavam o velho ditado de quando a água bate na bunda a gente aprende a nadar! O jardim 4º centenário passou como belas e românticas recordações! Claro que o futebol era "jogado" nas peladas e discutido também como hoje. Apenas a mídia era excassa. A Gazeta Esportiva, as rádios Excelsior, Bandeirantes, Panamericana e mui raramente a tv Record, que transmitia jogos aos domingos e nos obrigava a freqüentar os bares que tinham aparelhos de tv. A tv Tupi tinha um programa diário de esportes ao meio dia chamado Tele esporte. Portanto não existia tanta facilidade pra se acompanhar futebol. O volume de informações era bem menor em relação aos dias atuais. A revista do Esporte era também boa fonte de informação e deleite. Por ela acompanhávamos o futebol carioca.

Sobre o garoto é que ele era torcedor "fanático do Santos". Fora quase que "convocado" pelo Tio, que era corintiano, a torcer pelo Corinthians. Intimidado, aceitou a idéia até pelos 6 anos de idade. Esse casamento forçado durou pouco tempo. Após assistir aquele fantástico ataque do Santos com e Pelé e cia, não teve dúvidas em aplicar um "adultério clubistico" no seu coração. Se encantou e a paixão foi arrebatadora em favor dos "peixeiros da vila" como eram chamados. Seu tio Miguel não se conformava e com o apoio do pai seo Benedito, foi vítima até de retaliações "familiares" e isso não era bom para o garoto. Parecia estar numa ditadura esportiva, onde a família o condenava por torcer para o Santos. Pois bem, veio o ano de 1963 e o Santos se viu disputando uma final de libertadores. Era contra o Boca Jr. em La Bombonera. O Brasil parou para ouvir o jogo. O garoto ouviu pela rádio Bandeirantes com a locução de Fiori Gigliotti. Ganhar do Boca na Bombonera era tido como "quase" impossível. Receber o reconhecimento do torcedor argentino nem passava pelos critérios da época (aliás, não mudou nada). O Santos saiu perdendo e empatou com Coutinho virando com Pelé em seguida. Foi um êxtase! O Brasil se comoveu e naquele dia o menino fez sua "crisma" como torcedor do Santos. Decidido e feliz era de fato o time do seu coração! À tarde chega em casa o pai. Funcionário da Cia. Mogiana, seu expediente terminava às 6 horas. Era assistente administrativo da cia e gostava muito de futebol. Tinha simpatia pelo Corinthians, mas não reconhecia o Santos por tudo que era. Às vezes achava que o time não tinha bom comportamento, zombava dos adversários, bem parecido daquilo que pensam alguns torcedores de hoje em relação à Neymar, Robinho, André e Ganso. (tidos como gozadores dos adversários). Depois de cumprimentar sua esposa, dona Carmela, seo Benedito procurou pelo garoto que se ocupava da lição de casa e com sinceridade e emoção, ofereceu ao menino um aperto de mão, reconhecendo: _ "Parabéns, o seu time de fato é o melhor!!! E saiu para o banho da tarde e a espera do jantar.


Foi o aperto de mão mais gostoso que recebi na minha vida!!!


João Carlos de Freitas
http://www.blogscbncampinas.com.br/esporte

segunda-feira, 12 de abril de 2010

PAULISTÃO 2010 - SEMIFINAIS

Foram dois jogos de excelente nível. Tudo atendeu à lógica instalada. Venceram os favoritos.
O clássico teve variações e riquezas dignas da tradição desse confronto. Santos e S. Paulo bem que poderíam ter até empatado, contudo a boa fase do Santos prevaleceu. Senti convicção de Dorival Jr., ao escalar o mesmo time que encantou a todos na fase de classificação. Sem abrir mão de seus talentosos atacantes, Dorival colocou o time à frente na primeira etapa. E os meninos mais uma vez confirmaram tudo que deles se esperava. Com dois a zero de vantagem e o adversário com um jogador a menos, a expulsão de Marlos deificultou ainda mais para o tricolor, poderiam as palavras de Robinho terem se confirmado; _ " Vamos manter a pegada, continuar atacando porque dois a zero é um placar traiçoeiro. As previsões de Robinho não se confirmaram e o recuo do Santos quase lhe custou muito caro. O S. Paulo se superou. Rocardo Gomes abriu mão de dois atacantes e colocou Cicinho em lugar de Washington. Os resultado foram rápidos. Primeiro gol e empate. E uma atuação extraordinária de Hernanes, com alguma liberdade, já que não havia plano de marcação individual para o volante. O Santos sentiu o golpe e mesmo com toda excelência e brilho de sua equipe, obrigou Dorival Jr. a mudar para trás. Sacou André, colocou Pará e recompôs o meio com Wesley. Depois abriu mão de Neimar e trouxe o esforçado Madson. Reequilibrou a partida. De lambuja achou o 3º gol na falha de Rogério Ceni. Belíssimo jogo, digno da grandeza das equipes. Domingo tem mais e a vantagem do Santos é enorme. Pode até perder por um gol de diferença que se classifica.
Na outra semifinal, também compareceu a lógica. Comandada pelo excelente meio campo de Gil, Alê, Bruno Cesar e Branquinho e o talento de Rodriguinho, o Santo André virou pra cima do Prudente. Senti o time de Prudente muito cansado no segundo tempo e o Ramalhão esbajando tecnica e preparo físico.
A final está pintada: Santos e Santo André. Dentro da mais absoluta lógica, afinal foram as duas melhores equipes da competição! Favorito? Bem, deixa pra próxima conversa!


João Carlos de Freitas

quinta-feira, 1 de abril de 2010

SERGIO GUEDES PAGOU PRA VER!

Poucos profissionais de futebol conhecem todo o espírito da comunidade pontepretana! Sérgio é formado nos bons tempos de Ponte Preta. Final dos anos 70, início dos anos 80, Guedes teve escolas referenciais na base. Zé Duarte, Milton dos Santos, Cilinho, Dimas Monteiro seu treinador no início da carreira. Foi campeão da copa S.Paulo em 82 ao lado de Chicão, Mauro, Silvio, Carlinhos, Everaldo todos comandados por Milton dos Santos. Era de um tempo em que o "Amor à camisa" valia muito. Conhecia um clube freqüentado por verdadeiros Pontepretanos, com o único interesse de promover o elo com o sofrido torcedor. Para jogar ou freqüentar a Ponte era preciso apenas uma credencial: Amar a Ponte! Em 1987, quando do rebaixamento da equipe para a série A2 do Paulista, Sérgio se desentendeu com Barbiroto, um goleiro trazido do São Paulo e que apenas desfilava moda e galantismo. Não tinha vínculo sentimental com o clube. A Ponte caiu, mas Sérgio conservou seus valores de amor à camisa! E fez uma carreira brilhante chegando à seleção brasileira. O tempo passou e em 2008 ele vem trabalhar na Ponte como treinador, antes passando pelas categorias de base com muita aplicação. Todo mundo se recorda do sucesso da equipe no paulista! O time e o espírito viraram pó após a conquista. Vaidades, desvio de objetivo, tentação do mercado, colapso na condução do trabalho. Sérgio saiu, quase que "excomungado" e desrespeitado pela cúpula da Ponte! Contudo saiu reconhecido pelo torcedor!

Diante dos fracassos absurdos que se sucederam a diretoria resolveu atender ao clamor da torcida e repatriou Sérgio Guedes! Quase como um desafio: "Vocês pediram Sérgio? Ai está. Agora é com ele! E assim lavaram as mãos. Nas minhas tribunas, defendi que ele não deveria ter voltado. Seria carta marcada. Prática comum no futebol onde o dirigente joga o profissional aos "leões"! É que os "leões" estão exatamente dentro de casa. Movimentam-se com naturalidade e estão sempre prontos a devorar os bem intencionados. Foi assim com Nelsinho, Dicá, Marco Aurélio e não seria diferente com Sérgio Guedes! Pura ilusão, consumir a falsa razão que o treinador é sempre culpado. Esse circulo será sempre igual. É o cachorro correndo atrás do rabo! Sérgio enxergou, tentou mudar e recolocar a agremiação no verdadeiro objetivo, mas foi devorado pelos "leões" de plantão. E com o próximo deverá acontecer o mesmo. Certa feita disse que a Ponte estava muito perto de ser grande. Deveria ser um pequeno salto! Contudo não é com empresários sempre rondando, jogadores a usando como usando como trampolim, servidores dando trombada pelos corredores como se fosse repartição pública, dirigentes ufanistas e vaidosos que não conseguem enxergar a grandeza da agremiação, objetivos malfadados e vazios!


Pobre Ponte Preta, desintegrada precisando de um rumo à terra prometida. Enquanto aguarda um "Messias", vai à deriva porque ainda tem uma fôrça extraordinária! A fôrça do seu Povo!



Um abraço!


João Carlos de Freitas

segunda-feira, 29 de março de 2010

ARMANDO NOGUEIRA

Os últimos dois anos foram cruéis para armando nogueira. Acometido de um tumor no cérebro, armando definhou e termina como não merecia. Foi sem dúvida o príncipe dos cronistas esportivos, vindo lá de Xapuri, terra de Chico Mendes também, logo se encantou pelo botafogo que ele acompanhava pelo radinho lá no Acre! Ao se deparar com seus ídolos, principalmente Heleno de Freitas, a quem denotava grande admiração, Armando notou a diferença do Botafogo de heleno do rádio e aquele pertinho dos seus olhos! Ao lado de Nelson Rodrigues, foi sem dúvida o grande cronista esportivo brasileiro. Conseguia ver beleza no futebol e nos jogadores onde ás vezes a realidade era muito dura. Quando contou os gomos da bola e percebeu que naquela época ela tinha 18 gomos, não custou a relacioná-la com os craques: dizia que alguns chutavam o gomo do talento, outros o gomo do suor e havia os que chutavam o gomo do acaso! Claro que aqueles que chutavam o gomo do talento mereceram poesias belíssimas de armando! Passeava por todos os outros esportes, mas sei que se encantou e se inspirou muito para escrever sobre Paula e Hortência. Meu primeiro livro sobre crônicas esportivas foi dele. Chama-se "Bola na Rede"! Ali tem um pouco da sua genialidade e confesso: as utilizei muitas vezes em meus comentários na rádio e na tv! Armando fez parte da formação conteúdica de inúmeros jornalistas esportivos. Seu texto é um convite á boa leitura, sua palavra se calou ha dois anos. Ficaremos com sua obra e a memória de seus pensamentos sobre esporte serão imortais. É que ele é imortal! Descanse em paz Armando Nogueira com nossa gratidão!


João Carlos de Freitas

quarta-feira, 24 de março de 2010

DIEGO E TINGA - UM DESAFIO PARA A PONTE!

O maior complicador para a consolidação dos últimos times da Ponte tem sido a saída de bons jogadores em momentos importantes das competições! Em 2008, tivesse administrado e mantido o time do paulista, a equipe teria subido para a Série A e definido uma boa base para continuar com bom nível! Pior é que as "multas indenizatórias" têm sido irrelevantes: 1000 por Elias, 600 por Nei, 800 por Gum. Levou "calote" no caso Renato e por ai vai !!! Diego e Tinga são as bolas da vez!!! São dois bons jogadores, ainda com inúmeros defeitos, mas que já começam a ser assediados pelo "mercado". Diego é rápido, boa colocação, muito técnico, bom chute, enfim muitos predicados que fazem o mercado se interessar. Pertence ao Brasilis, time que tem como proprietário o ídolo Oscar, ex-zagueiro da Ponte e da seleção brasileira. É um zagueiro de grande potencial e de muita personalidade também, porque não tem medo de jogar!
Tinga é jogador de muita personalidade também. Com seus 19 anos, se comporta como um veterano em campo. Chama o jogo, catimba, toma iniciativa e marca presença no setor de meio campo. Não tem a rapidez do meia criativo, tivesse essa virtude e seu valor seria altíssimo nesse disputado mercado. Contudo, atende aos conceitos modernos de movimentação, muito prestigiado pelos treinadores.

Portanto o problema agora será da diretoria da macaca! Um verdadeiro desafio! Permanecer com os atletas ao menos para o brasileiro. A diretoria tem perdido esse duelo nos últimos casos: Danilo Neco e Edilson são os exemplos mais recentes! Será que v ai conseguir a reabilitação mantendo Tinga e Diego?


João Carlos de Freitas

segunda-feira, 22 de março de 2010

PLANETA GUARANI PROCURADO POR INVESTIDORES DIVULGA A PROPOSTA APRESENTADA AO GUARANI EM MARÇO DE 2009

Sempre que entramos no tema “negociação de patrimônio, assunto que por conta da total falta de informações oficiais, surgem casos justos e outros de injustiça. A culpa é de quem escreve? Sim, mas é também desta historia sigilosa toda.

Não era essa a intenção da coluna que apresentei hoje, mas já que o assunto pendeu para esse lado, vamos a uma correção que precisa ser feita. Fui procurado por duas pessoas, o empresário do setor imobiliário Gino Romanelli e o Sr. Alceu Coqueiro, ambos ligados ao Grupo RRC Desenbras que alem de solicitarem a correção do fato apresentaram todos os detalhes que abaixo serão detalhados.

Primeiro, não foi o ex-vice presidente Edison Torres quem apresentou o grupo comandado pelo advogado Paulo Mancusi ao Guarani, foram duas pessoas, o associado Bugrino e Conselheiro Dirso Moraes e Gino Antonio Romanell, empresário do setor imobiliário, com representação em Campinas e na capital.

Estas tratativas começaram em 12 de setembro de 2006 quando foi assinada a primeira autorização por parte da diretoria através do então vice-presidente José Carlos Sícoli para que um projeto de reconstrução do Guarani fosse empreendido, tal autorização foi emitida à empresa RRC Desenbras, empresa de estruturação imobiliária com 28 anos de mercado inclusive atuando na gestão de fundos de investimentos e contava, claro, com o envolvimento de uma negociação envolvendo o patrimônio físico do Guarani Futebol Clube.

O passo seguinte foi apresentar ao advogado Paulo Mancusi, administrador de fundos imobiliários de centenas de investidores pessoas físicas e jurídicas posto que ambos (RCC e Mancusi) tinham investidores e em comum. As duas empresas passaram a elaborar o projeto visando tal reestruturação desde então.

A partir daí varias reuniões aconteceram até que chegassem ao modelo que foi apresentado na Assembléia de 31 de março de 2008. Para você relembrar as premissas aprovadas pelos sócios do Guarani para a negociação foram:

  • A construção de um estádio moderno com capacidade para 32.500 pessoas quês eria entregue em propriedade ao Guarani Futebol Clube. Posteriormente foi corrigido na proposta adaptando o estádio aos padrões FIFA, com capacidade para 42 mil pessoas e área de estacionamento horizontal para tal publico.

  •  A construção de um centro de treinamentos, e o Guarani fez constar na proposta que este tivesse o “padrão Traffic” com oito campos de futebol profissional e uma área de alojamento para 200 atletas.

  • A construção de um novo clube social no espaço onde atualmente existe o centro de treinamentos do Guarani.

  • O pagamento de todas as dividas do Guarani Futebol Clube nas esferas cíveis, tributárias, trabalhistas e comuns.

  • O pagamento de 30 parcelas mensais de R$ 1 milhão cada.

  • O espaço onde existe o Brinco de Ouro só seria entregue quando a nova arena estivesse pronta e entregue ao Guarani Futebol Clube.

Então começaram os primeiros problemas entre os investidores e o Guarani por descontentamentos em razão de alguns atos que desagradaram os investidores diante das constantes investidas da diretoria Bugrina tentando angariar outros potenciais compradores.

Todas as ações tomadas pelo grupo foram documentadas por eles, tudo foi absolutamente protocolado, um investimento de cerca de R$ 220 mil foi desprendido por parte deles para o estudo de viabilização do projeto, todos os levantamentos foram custeados pelos investidores. Todas as reuniões entre as partes foram documentadas.

O presidente Leonel emitiu uma autorização prévia a tal grupo ainda em 2007 dando a prioridade de negociação ao grupo comandado por Paulo Mancusi dando 60 dias de validade e constando a seguinte clausula “ou até que as negociações estejam encerradas”.

Em março de 2009 foi entregue uma proposta protocolizada da forma que o Guarani exigiu e os valores sofreram considerável elevação. Desde então aguarda-se pelo desfecho da negociação, o prazo de sessenta dias está encerrado, mas a condição de “ou até que as negociações estejam encerradas” prevalece até o momento, afinal, tais negociações nunca se encerraram formalmente nem por parte do Guarani, muito menos por parte dos investidores.

O montante do negocio atualmente, conforme a proposta oficialmente apresentada chega aos R$ 301 milhões. O valor total está disponibilizado, segundo o Grupo por eles representado, desde fevereiro de 2009 aguardando que o Guarani efetive a negociação.

Esta é a proposta apresentada pelo grupo comandado pelo advogado Paulo Mancusi e que vem se arrastando desde setembro de 2006. Pela primeira vez citamos as informações com as devidas fontes para que ninguém diga que estamos mentindo ou passando uma condição equivocada.

Fica aqui para conclusão destas informações uma consideração por minha parte: Se há a viabilidade desta negociação, a proposta protocolizada eu pude ver e uma copia dela está disponibilizada pelo grupo ao Planeta Guarani se surgir algum questionamento, por que o presidente Leonel, que já poderia ter fechado a negociação há mais de um ano não o faz? Não seria melhor que o presidente chamasse à mesa toda sua diretoria, o Conselho Deliberativo e os associados do clube para que eles decidam sobre a concretização ou não da negociação?

Esta é uma questão por demais importante para que apenas uma pessoa decida e isto é meramente a minha opinião.

Que fique claro, o Planeta Guarani não está criando estas informações, elas são creditadas às fontes apresentadas no inicio desta matéria, nós só atendemos a suas solicitações e apresentamos as informações.



Marcos Ortiz – Planeta Guarani

marcos@planetaguarani.com.br

PONTE - A RESSURREIÇÃO DO SONHO!


Conheço bem a filosofia "Sergio Guedes" de atuar! Sérgio gosta de time ofensivo, participativo, intenso durante os 90 minutos! Contudo, percebendo e vivendo a limitação da equipe ele tem optado por esquemas precavidos principalmente ante os grandes! Jogou assim contra santos, Corinthians e repetiu a dose contra o palmeiras. Acho que é essa a característica do time. A Ponte não possui jogadores leves e de grande criatividade. Um esquema em que o ataque seja priorizado torna-se ineficiente e vulnerável. Basta verificar o número de gols marcados e tomados. São dados incompatíveis com até com o número de pontos ganhos. Aponta para um ataque apenas regular e uma defesa vulnerável. 22 a 22!

Assim quando Sérgio opta por trancar o time, o resultado melhora. Contra o santos foi um exemplo e contra o corintians também. Diferente a ponte se abriu frente ao São Paulo e foi uma presa relativamente fácil! ao preferir anular os espaços do palmeiras e buscar o erro do adversário a ponte compatibilizou seu verdadeiro estilo. e o resultado foi excelente! Acho que para o brasileiro essa tática deve ser a correta principalmente fora de casa. No primeiro tempo apenas Otacílio neto no ataque! Jogador truculento que tem o chute como arma principal. Gadelha não foi um bom companheiro, mas ajudou a congestionar o meio e dificultar para o palmeiras. Com dois volantes perto dos laterais e deda próximo aos zagueiros a defesa ficou muito consistente, mesmo assim Martini fez boas defesas. Tinga era o desafogo e jogou muito bem. A alteração de Guedes foi perfeita. Abrindo mão de Gadelha e colocando Finazzi ele criou dificuldades para os defensores do palmeiras. Tinga no segundo tempo exerceu o papel de armador e gastou a bola. Não é um jogador de rapidez, mas um bom condutor de bola e sem medo de jogar. Com todas as portas trancadas o palmeiras iria deixar algum espaço! Foi o que aconteceu e ai a macaca matou o porco!!!

Foi um jogo para uma boa reflexão: com este elenco o esquema tem de ser precatado, se quiser soltar o time e jogar dentro do seu gosto, Sérgio vai ter que pedir contratações adequadas!


Um abraço a todos!

João Carlos de Freitas

terça-feira, 16 de março de 2010

ASSEMBÉIA DO GUARANI

Está marcada para 6ª feira às 19.30, no salão social do Brinco de Ouro a assembléia ordinária. A pauta é a comum. Discussão da ata anterior, aprovação das contas, etc. dizem que o assunto venda do brinco poderá surgir. Acho que os associados e conselheiros devem exigir da diretoria, o plano para a campanha no brasileiro da Série A. Leonel na entrevista coletiva da última 6ª feira se esquivou do assunto e blindou as informações. Com isso, o espectro de erro fica maior. Não é comum nessas reuniões se falar de futebol, mas esse que o maior produto do clube tem que ser melhor tratado. Essa péssima campanha na série A2 credencia mais ainda o associado e conselheiro a ter essas informações. Algumas perguntas para a diretoria:

1-) Vadão continua para a série a ?


2-) Se não continuar, quem vai montar o time?


3-) Com quais recursos?


4-) Qual o orçamento previsto para o brasileiro ?


5- ) Que nível de time deverá ser montado?


6-) Com qual objetivo?


Respeito o Guarani por preservar alguma informação para a imprensa. Ele tem lá seus motivos, mas o associado e conselheiro é tão "dono" quanto o presidente. Portanto deve ser informado!



Um abraço aos meus amigos leitores!

João Carlos de Freitas

quarta-feira, 10 de março de 2010

A VENDA DO BRINCO DE OURO

Na última segunda-feira esteve em Campinas o presidente da Federação Paulista de Futebol. Veio dar posse à Guilherme Campos Filho como vice presidente da entidade para a região de Campinas. Em outros tempos foi Peri Chaib quem ocupou esse cargo, na gestão Eduardo José Farah. É um cargo muito mais diplomático do que executivo. Serve para estreitar os laços entre dirigentes da região e a FPF. Na oportunidade Leonel Martins de Oliveira, presidente do Guarani, também recebeu uma homenagem pelos serviços prestados ao futebol. Talvez seja novidade para a nova geração, até porque Leonel ficou afastado desde 1987 do futebol profissional como dirigente, mas marcou época nos anos 70 e 80 levando o Guarani a memoráveis conquistas, bem como se destacou como um dirigente líder do futebol do interior. Portanto o reconhecimento foi merecido!
Contudo, o fato maior, foi a manifestação de Leonel em relação à negociação do estádio. Um assunto aparentemente estagnado, mas que enfatizado pelo presidente ganhou novos rumos. É que no dia ontem consta, houve uma reunião do presidente com os investidores interessados. O encontro aconteceu na casa de Leonel com um empresário de nome Antonio Jorge, investidor na área de Shopping Center. Surgiu o nome de duas empresas que seriam as administradoras do empreendimento. Gafisa e Tecnisa! O montante da negociação gira em torno de 250 milhões de reais e o Guarani só entregaria o estádio após a construção da sua arena, bem como o centro de treinamento! Leonel estaria guardando esse desfecho e anunciaria no início do ano que vem, centenário do clube. Ocorre que a pressão aumenta de todos os lados e assim ele pretende anunciar até o meio do ano!

João Carlos de Freitas

A CRISE DO BUGRE

Amigos resolvi postar esta critica bem humorada.

Por: http://ombudsgirl.wordpress.com

A-MA-DOS! Continuo achando o João Carlos de Freitas um fofo, mas hoje tenho que discordar do meu ursinho carinhoso! Imaginem, genténs, que no programa da CBN das 11h35 um ouvinte perguntou basicamente se o fato de o Leonel Martins falar em venda do Brinco de Ouro e da construção de um novo Estádio era uma cortina de fumaça para minimizar a má fase bugrina.

JC disse que não acreditava nisso e sim em uma coincidência. Segundo ele, Leonel deu uma de Lula no evento da Federação Paulista de Futebol, ou seja, se gabou de algo que faria. JC disse ainda que descobriu que Leonel realmente se reuniu com Antonio Jorge, representante das empresas Gafisa e Metafisa,que são ligadas a projetos de shoppingcenters, e que a venda do estádio estaria bem encaminhada. Acrescentou que Leonel provavelmente anunciaria isso em 2011, mas que em virtude dos cobradores estarem batendo na porta, talvez até antecipasse para o meio do semestre deste ano.

Resumindo: o presidente de um clube em crise vai a um evento da entidade maior do Futebol Paulista, que ele sabe que terá cobertura de mídia, e ressuscita a história para o jornal que já noticiou em manchete a venda do Brinco há tempos. E, pelo que apurou João, houve uma reunião na qual foi falado que a venda está BEM ENCAMINHADA, que PROVAVELMENTE ela (ou o bom encaminhamento dela) seria anunciada em DOIS MIL E ONZE, mas que o ANÚNCIO PODE SER antecipado para o meio do semestre.

Traduzindo: Balão de ensaio. Que, na minha opinião, com todo respeito à do João, tem a maior cara de cortina de fumaça, engolida com isca e tudo por parte da mídia.

MAS, PENSANDO BEM, JC de Freitas é um sujeito genial. Talvez ele tenha dito que tudo foi Mera Coincidência em uma referência cruzada ao filme estrelado por Robert de Niro e Dustin Hoffman, de forma a não se indispor com Leonel e ao mesmo tempo utilizar de uma fina e sofisticada ironia para criticar o presidente bugrino. Será?

quarta-feira, 3 de março de 2010

DEDA É NECESSÁRIO

A escalação de Deda no time da Ponte, sempre acaba gerando polêmicas e dúvidas em relação à sua capacidade. Existe uma corrente contra sua permanência no time! Deda não é nenhum craque brilhante, até pelo contrário, tem uma carreira modesta frequentando equipes intermediárias, contudo mantendo sempre linearidade e equilíbrio em suas atuações. Enfim é o chamado jogador regular, que consegue ser titular em todos os times que atua. Na configuração tática da equipe ele tem um papel imprescindível. O sistema defensivo da Ponte não consegue se consolidar desde o campeonato passado da série B do brasileiro. Neste campeonato paulista já tomou 16 gols, embora não seja a mais vazada. Em algumas partidas o goleiro foi o melhor em c ampo, prova que a equipe sempre é muito atacada. A ausência de Deda foi evidenciada na partida contra o Oeste. O time perdia, mas buscava o gol adversário e a zaga recebia a proteção do volante. A partir da sua saída o time se escancarou e Oeste chegou com facilidade ao 3º gol e poderia ter feito mais! Em Presidente Prudente aconteceu o mesmo. A defesa se expôs por falta de proteção. E pior! Além das penetrações na defesa a intermediária à frente da zaga ficou desguarnecida. Tanto que tomou os gols de fora da grande área incluindo a falta batida por Assunção! Esses fatos, somados ao "orfanato" em que fica o time, Deda é importante para o sistema defensivo. Até porque não existem laterais marcadores. A discussão vai permanecer, sua escalação será sempre debatida e questionada, no entanto pela formatação tática Deda continuará sendo titular da Ponte, até que apareça uma concorrência no setor. Diga-se, hoje não existe no elenco um jogador com essa característica. Os outros volantes não possuem o senso de marcação de Deda e também não são lá grandes organizadores, daí a preferência de Guedes pelo cabeça de área!

Joao Carlos de Freitas

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

MORREU ORLANDO PEÇANHA

Aos 74 anos de idade morre Orlando, o quarto titular da seleção de 58 a nos deixar. Didi, Garrincha e Vavá também já não estão entre nós! Do time reserva Castilho, Mauro, Oreco, Joel, Moacir, Dida também já partiram! Orlando era zagueiro estiloso, alto, cabeça erguida, boa técnica de desarme, saia jogando com leveza e eficiência. Fez alegria de Vascainos principalmente nos anos 50. Campeão Carioca em 56 e 58, Orlando marcava presença formando dupla com Bellini, seu companheiro também na seleção de 58. Em 1960 Orlando foi contratado pelo Boca Junior de Buenos Aires. Na Argentina fez muito sucesso, marcando presença po lá! Em 1963, O Santos decidiu a Taça Libertadores contra o Boca! Foram duas partidas marcantes e históricas. No Rio, onde o Santos mandava jogos dessa grandeza, houve vitória dos brasileiros. 3 a 2! Orlando jogou aquela partida e se impôs num maracanã lotado que reconheceu sua categoria. Muitos Vascainos até torceram para o Boca por causa de Orlando! Voltou para o Brasil em 1964 e foi jogar no Santos de Pelé! Foi campeão da taça Brasil de 65 e marcou época naquele fantástico time! Gilmar, Carlos Alberto, Mauro, Joel, Rildo, eram alguns companheiros de defesa! Encerrou sua carreira no Vasco, time de seu coração em 69! Recentemente o presidente Lula anunciou que o ministério dos esportes estava reservando verba para ajudar alguns campeões mundiais e suas famílias. Apesar de não ter ficado "rico", Orlando não necessitava dessa ajuda, mas como presidente da Associação de treinadores defendeu essa ação do governo! Alguns campeões mundiais passam por necessidade e outros estão mal de saúde! Contudo essa ajuda está apenas na "falácia" ou no papel. Nenhum deles recebeu ajuda do governo! Orlando deixa saudade, deverá ser lembrado pelo seu estilo clássico e sóbrio e nós estamos perdendo mais um campeão mundial ! A eles devemos muito da nossa alegria e auto estima! Que Orlando aceite nossa gratidão e descanse em paz!


Joao Carlos de Freitas