quinta-feira, 29 de abril de 2010

CORINTHIANS VAI MORRER COM RONALDO!

Tudo consumado. De fato existe um total comprometimento do Corinthians com o ex-fenomenal atacante Ronaldo. Após a derrota para o Flamengo, na coletiva de Mano Menezes a situação ficou muito clara. Representando todo o projeto, Mano parece ser um porta voz perfeito na defesa do caso. Ronaldo é muito mais que um jogador do Corinthians, aliás, o que ele menos tem sido neste ano é JOGADOR. Ele nos deprime com sua total falta de capacidade física para jogar futebol. Sua participação no ataque do Corinthians é uma negação de tudo que nos representa. A devoção do povo brasileiro ainda é enorme ao fenômeno! Constrange até os comentaristas globais e por vezes corporativos que buscam de toda forma minimizar a vergonha que Ronaldo está passando e nos fazendo passar também! A preocupação vai desde um simples domínio de bola, fundamento muito simples pra ele até uma deficiência de SAÚDE. Já presenciei muito torcedor preocupado e incomodado com o sacrifício que Ronaldo demonstra ao se movimentar. Sua respiração ofegante, a deselegância nos passos, o desleixo com sua figura de atleta. Contudo parece que o Corinthians não possui um plano B desenvolvido. E deveria ter! É que tudo foi calculado em cima de Ronaldo! Acrescente-se ai principalmente os planos de Marketing, movimentam hoje cerca de 20 milhões de reais mês. Portanto está muito nítido que sua relação com o Corinthians é de sociedade, onde é tratado como majoritário! O projeto seria totalmente vencedor se houvesse um mínimo de presença do craque em campo. É que o futebol não aceita esses conchavos e expurga muitas aventuras. A aventura de Ronaldo no projeto "Centenário do Timão" está caminhando para um triste fim! Contudo é uma opção do Corinthians. MORRER COM RONALDO!


Abraços a todos!

João Carlos de Freitas

terça-feira, 27 de abril de 2010

PISTAS SOBRE A CONVOCAÇÃO DE GANSO!

Dunga já tem sua lista fechada. Fechou questão sobre o critério e considera os quatro anos de trabalho, dando preferência aos que freqüentaram a seleção nesse tempo e na sua concepção tiveram aprovação. Além do fundamental para servir a seleção, Dunga valoriza muito a fidelidade. Observou jogadores que se esforçaram sempre para atender as convocações. Aqueles que se dispuseram a "peitar" seus clubes de origem. No decorrer teve algumas diferenças com "medalhões" da seleção, dentre eles Kaká e Ronaldinho Gaucho. Kaká superou e hoje é membro do "clã" Dunga, Ronaldinho não se reconciliou, por isso vai ficar fora. Presente em todas as discussões sobre seleção, a convocação de Ganso e Neymar. O segundo deverá ficar para uma próxima oportunidade, contudo Ganso pode ganhar lugar aos 45 do segundo tempo. Eis algumas razões que consagram a profecia:

1º) O clamor popular e a posição da imprensa brasileira, quase que unanimente, pedem Ganso no grupo.

2º ) A posição em ele joga tem carência no time. Kaká não está em condições ideais e não tem um substituto com essa característica. É, portanto uma solução técnica e principalmente tática.

3º) Romário é o maior amigo de Dunga no futebol. Eles vivem uma relação de extrema confiança. Romário é favorável e "canta" essa bola. Esse assunto é tema quando conversam. Romário está encantado com o Santos e não economiza elogios para os jogadores do Santos principalmente Paulo Ganso.

4º) Correram "rumores" ha 15 dias atrás que a CBF teria pedido ao Santos, documentos do jogador para "atualizar" seu passaporte.


Portanto são razões consideráveis para esperarmos por esse presente do técnico da seleção ao povo brasileiro.

Abraços!

João Carlos de Freitas

quinta-feira, 22 de abril de 2010

TELÊ SANTANA - AUSENCIA DE 4 ANOS!


Em 2006, no dia 21 de abril partia para outra dimensão o "imortal" Telê Santana. Em véspera de Copa, é bom lembrar de alguém que tratou a bola com muito carinho, mesmo não sendo um jogador fora de série, porém resgatou como treinador à verdadeira vocação do futebol brasileiro. Tivesse vencido a Copa de 82, talvez o futebol de hoje fosse diferente. É que ali, muitos treinadores sepultaram o futebol arte, bem jogado, com técnica e beleza. Alguns pequenos lampejos experimentamos, mas sempre por tempo limitado. O Santos de hoje é um bom exemplo. Telê era disciplinador, mas valorizava o craque como ninguém. Tenho certeza que as polêmicas do momento, não ganhariam força com o mestre. Ele ordenaria imediatamente a convocação de Neymar, Ganso e Ronaldinho. No seu desejo de perfeição Telê supervisionava até o gramado do jogo, fosse do seu time ou até dos campos adversários. Quanta vez era surpreendido tapando buracos, tirando mato da grama, cuidando enfim para que o craque tivesse condição de jogo! Inúmeros atletas e treinadores de hoje devem a carreira para Telê: Cafú, Ronaldão, Muller, Rai, etc. Mas com certeza a herança maior ficou com Muricy Ramalho. Este foi talvez o discípulo mais fiel do mestre. Uma espécie de S.Pedro, que hoje divulga, imita e não deixa que Telê se afaste do pensamento do torcedor! É sempre bom pedir bênçãos a Telê Santana !

João Carlos de Freitas

terça-feira, 20 de abril de 2010

CARTA DE UM PONTEPRETANO DESILUDIDO E DESACORÇOADO!

Caro leitor, quem escreve estas linhas é um Pontepretano de 44 anos, e há 31 anos torcedor da Ponte Preta. Levado ao Estádio por Pedro Perez(Da Vila Pompéia) para assistir uma partida no Majestoso contra a Lusa, tive a oportunidade de ver Tuta, Marco Aurélio, Dicá, Lúcio, Vanderlei, Carlos, Oscar, Odirlei, Toninho e tantos outros craques. Quando cobravam escanteio em nossa área, o Carlão fazia uma “ponte”, caía com a bola, e lançava com as mãos o Odirlei, que já estava próximo ao meio campo. Quando o Carlão pulava e pinçava a bola no ar, é como se Eu estivesse pulando. Quando o Dicá, recuava dois passos da bola para bater uma falta, era como seu Eu fosse bater a falta. Com o grito da torcida de “olê, olê, olê Ponteee Ponteee ”, meu coração passou a bater forte e me contagiei com um vírus sem vacina. Pronto, a doença de amor à Ponte estava em plena expansão pelo sangue, daí por diante, com o veneno instalado em cada poro, vi a quase classificação ao Brasileiro em 1978, assiste aos vices-campeonatos paulistas em 1979, 1981 e 2008. Muito sol na cabeça, muita maconha fumada por tabela, muita chuva e muitos celulares se foram. Desconforto, irritação, rouquidão de tanto tentar empurrar o time das arquibancadas, horríveis e sem nenhum conforto, como se o torcedor fosse passageiro do Navio Negreiro.

Não se tem onde estacionar o carro, os banheiros são fétidos, não há higiene, mas vamos lá, o viciado, envenenado, apaixonado, não mede esforços, vai lá no Majestoso de qualquer jeito. Paga ingresso diferentemente da Organizada, aquela que apedreja o ônibus de time em fase de desmantelamento, quando o Campeonato já acabou. Como um meio de mostrar minha contrariedade passei a ver os jogos pela TV. É de matar, não se respira direito, nada pode atrapalhar, a patroa nem perto chega.

Comentaristas esportivos de segunda linha fazem comentários absurdos, dignos de quem nunca pisou num gramado e deu um toque de classe numa pelota de couro. Tenho formação superior, tenho família, tenha profissão de ouro, sou de classe média, moro bem, mas volta e meia, estou lá, em meio aos maconheiros e baderneiros, e que não venham os falso-moralistas de plantão, pois este é o fato nos Estádios, e no Majestoso não seria diferente.

O cabra sai de casa pra fumar canabis no Estádio em meio a um monte de cara feio. Vi durante estes mais de 30 anos, craques serem vendidos e ninguém esclarecer para onde foi o dinheiro e porque não veio um igual ou parecido imediatamente! Lembro das vendas de Rui Rei, Toninho Oliveira, Edison Abobrão, Carlão, Oscar, Polozzi, Juninho( este num dérbi no Brinco, em cinco minutos de jogo deu um ponta-pé no Careca que o barulho ecoou- Vermelho é lógico). Vi o péssimo negócio realizado com o meia Renato. Péssimo contrato, e agora vira briga eterna. Torci tanto por Wanderlei, daí sumiu pro Cruzeiro. Lá se foi Danilo Neco e tantos outros irão, como vai o Tinga. O triste é que nos momentos que estão indo bem , aparecem os malditos empresários e o rendimento do jogador vai à zero.

Claro exemplo disto foi o lateral direito - Edílson, durante as negociações o jogador não conseguia mais jogar bola direito. Mas e o torcedor? Aquele que se o Estádio está vazio, mesmo a TV bancando tudo não dá graça ao espetáculo, é como bolo sem açúcar. Bonito mas sem sabor.

Quando a Ponte perde no final de semana, aquela semana pra mim é ruim. Quando ganha, tudo fica bacana e maravilhoso, parece que os problemas vão embora. O grande problema é quando perde jogando sem raça, sem graça, sem força, sem animação. Cair em pé, significa que perdeu, mas deu tudo de si. Porém, ultimamente isto não ocorre, parece um bando em campo, parece que nunca se viram, erram passes de um metro. E os treinos, físicos, táticos...? . Assisti o jogo contra o Paulista. O lateral esquerdo do Paulista errou o cruzamento na linha de fundo, a bola foi lançada no meio campo no Contra-ataque. O lateral voltou e tomou a bola do meia da Ponte! Durante todo o Campeonato Paulista foi assim, um banco de mal preparados fisicamente jogando contra jogadores em forma.

Não conheço um time que tenha três jogadores no Departamento Médico por lesão no Cruzado- Jean, Leandrinho e Eduardo Arroz, fora os que já se recuperaram, não pode ser coincidência!

Um contra-ataque da Ponte está demorando quase três partidas para ocorrer! Onde está aquele Fabiano Gadelha que foi contratado, que ganhava jogos pelo Marília sozinho, o coitado se arrasta em campo! O que está acontecendo com a condição física dos atletas? Alguém pode se responsabilizar pela péssima campanha na série B e no Paulista? O Sérgio Guedes é que pagou o pato pelo time ridículo que estava treinando.

Finalizo estas linhas, esclarecendo aos jogadores que vão permanecer e aos que virão para a série B de 2010, que não agüento mais ver jogadores passando pela Ponte como se esta fosse uma “ponte” para times melhores.

Não agüento mais estas verbinhas passadas pela Federação como se fosse esmola aos pequenos. Pra você R$500.000,00 e para você R$10.000.000,00. Não agüento mais ir a um Estádio que parece um lixo, não tem segurança, não tem estacionamento, é um fumódromo de maconha, é um desrespeito ao nome do saudoso Moisés Lucarelli!

Não agüento mais ver jogador se arrastando em campo, parecendo um time de Masters! Se não tiver vergonha na cara, amor pelo Clube e postura de macho, fica em casa, não apareça em campo, não faça sofrer este coração pontepretano que já não agüenta mais.

Se este ano continuar assim:

Desrespeito ao torcedor – desconforto para o torcedor – falta de segurança para o torcedor – jogadores moles e sem condição física – derrotas com time sem graça, juro que nunca mais torço pra Ponte, CHEGA!!!

Palavra de Panoramense (Panorama-SP)!

ERALDO J. BARRACA
19.4.2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

WÁGNER MANCINI

Estrategicamente o Guarani anunciou a contratação de Mancini. Ele acertou contrato até o final do mandato de Leonel, daqui um ano exatamente. Permite também opção de renovação para o próximo mandato. Pelo costume brasileiro no que se refere ao conceito dessas "uniões", acho dispensável esses protocolos. O treinador tem contrato enquanto vence, portanto é sempre interino e dependente de resultados. Esses chavões de planejamento, trabalho à longo prazo, integração com depto amador, enfim não existe projeto sólido entre treinador e clube. Apenas vitórias garantem longevidade. Embora Leonel não seja adepto de troca de treinadores, não é a única razão de vínculo. Mancini foi formado no Guarani como jogador, depois foi para o Vasco e teve até uma boa carreira como atleta. Era um meia ponta de lança, como se dizia na época. Inteligente, elegante, clássico, lembrava pela movimentação e boa técnica ao Dr. Sócrates, que surgira nos anos 70. Treinador por acaso, quando sucedeu a Ferreirão no Paulista, levou a equipe de Jundiaí ao seu momento maior no futebol. Campeão da Copa do Brasil em 2006. A partir de então Mancini entrou no mercado como "grande novidade" e voltou a fazer bom trabalho no Vitória da Bahia em 2008. Não foi feliz no Grêmio, Santos e Vasco. Acho que tem boas chances de sucesso no Guarani. Terá um início turbulento. Desse grupo atual vai aproveitar muito pouco. Cleber Goiano, Xavier, Fabinho a principio são os favoritos para a permanência. Os demais terão de ser reavaliados. Portanto um novo time será formado. Efetivamente ele assume dia 22, após o jogo contra o Santos. Terá cerca de 15 dias para trabalhar visando a estréia. Contudo, o recesso para a disputa da copa do mundo deverá ser o grande trunfo no seu trabalho. É o período em que ele terá para observar, reciclar, corrigir e padronizar a equipe.

Abraços a todos.


João Carlos de Freitas

quinta-feira, 15 de abril de 2010

SANTOS F.C. 98 ANOS - "UM APERTO DE MÃO"

Para homenagear os 98 anos do Santos F. C. quero contar uma pequena história, com h mesmo, ocorrida no início dos anos 60.

No bairro jardim 4º centenário de Campinas, vivia um garoto apaixonado por futebol como a maioria dos meninos da época. Eram tempos da brincadeira do jogo do peão de madeira, o perna de pau, bétis, bolinha de gude, banho na pequena lagoa do bairro, até uns lambaris se pescava naquelas águas turvas e cheias de taboa. Os moleques do 4º centenário aprendiam a nadar naquelas águas. Eram jogados ao "deus dará" e saiam nadando. Confirmavam o velho ditado de quando a água bate na bunda a gente aprende a nadar! O jardim 4º centenário passou como belas e românticas recordações! Claro que o futebol era "jogado" nas peladas e discutido também como hoje. Apenas a mídia era excassa. A Gazeta Esportiva, as rádios Excelsior, Bandeirantes, Panamericana e mui raramente a tv Record, que transmitia jogos aos domingos e nos obrigava a freqüentar os bares que tinham aparelhos de tv. A tv Tupi tinha um programa diário de esportes ao meio dia chamado Tele esporte. Portanto não existia tanta facilidade pra se acompanhar futebol. O volume de informações era bem menor em relação aos dias atuais. A revista do Esporte era também boa fonte de informação e deleite. Por ela acompanhávamos o futebol carioca.

Sobre o garoto é que ele era torcedor "fanático do Santos". Fora quase que "convocado" pelo Tio, que era corintiano, a torcer pelo Corinthians. Intimidado, aceitou a idéia até pelos 6 anos de idade. Esse casamento forçado durou pouco tempo. Após assistir aquele fantástico ataque do Santos com e Pelé e cia, não teve dúvidas em aplicar um "adultério clubistico" no seu coração. Se encantou e a paixão foi arrebatadora em favor dos "peixeiros da vila" como eram chamados. Seu tio Miguel não se conformava e com o apoio do pai seo Benedito, foi vítima até de retaliações "familiares" e isso não era bom para o garoto. Parecia estar numa ditadura esportiva, onde a família o condenava por torcer para o Santos. Pois bem, veio o ano de 1963 e o Santos se viu disputando uma final de libertadores. Era contra o Boca Jr. em La Bombonera. O Brasil parou para ouvir o jogo. O garoto ouviu pela rádio Bandeirantes com a locução de Fiori Gigliotti. Ganhar do Boca na Bombonera era tido como "quase" impossível. Receber o reconhecimento do torcedor argentino nem passava pelos critérios da época (aliás, não mudou nada). O Santos saiu perdendo e empatou com Coutinho virando com Pelé em seguida. Foi um êxtase! O Brasil se comoveu e naquele dia o menino fez sua "crisma" como torcedor do Santos. Decidido e feliz era de fato o time do seu coração! À tarde chega em casa o pai. Funcionário da Cia. Mogiana, seu expediente terminava às 6 horas. Era assistente administrativo da cia e gostava muito de futebol. Tinha simpatia pelo Corinthians, mas não reconhecia o Santos por tudo que era. Às vezes achava que o time não tinha bom comportamento, zombava dos adversários, bem parecido daquilo que pensam alguns torcedores de hoje em relação à Neymar, Robinho, André e Ganso. (tidos como gozadores dos adversários). Depois de cumprimentar sua esposa, dona Carmela, seo Benedito procurou pelo garoto que se ocupava da lição de casa e com sinceridade e emoção, ofereceu ao menino um aperto de mão, reconhecendo: _ "Parabéns, o seu time de fato é o melhor!!! E saiu para o banho da tarde e a espera do jantar.


Foi o aperto de mão mais gostoso que recebi na minha vida!!!


João Carlos de Freitas
http://www.blogscbncampinas.com.br/esporte

segunda-feira, 12 de abril de 2010

PAULISTÃO 2010 - SEMIFINAIS

Foram dois jogos de excelente nível. Tudo atendeu à lógica instalada. Venceram os favoritos.
O clássico teve variações e riquezas dignas da tradição desse confronto. Santos e S. Paulo bem que poderíam ter até empatado, contudo a boa fase do Santos prevaleceu. Senti convicção de Dorival Jr., ao escalar o mesmo time que encantou a todos na fase de classificação. Sem abrir mão de seus talentosos atacantes, Dorival colocou o time à frente na primeira etapa. E os meninos mais uma vez confirmaram tudo que deles se esperava. Com dois a zero de vantagem e o adversário com um jogador a menos, a expulsão de Marlos deificultou ainda mais para o tricolor, poderiam as palavras de Robinho terem se confirmado; _ " Vamos manter a pegada, continuar atacando porque dois a zero é um placar traiçoeiro. As previsões de Robinho não se confirmaram e o recuo do Santos quase lhe custou muito caro. O S. Paulo se superou. Rocardo Gomes abriu mão de dois atacantes e colocou Cicinho em lugar de Washington. Os resultado foram rápidos. Primeiro gol e empate. E uma atuação extraordinária de Hernanes, com alguma liberdade, já que não havia plano de marcação individual para o volante. O Santos sentiu o golpe e mesmo com toda excelência e brilho de sua equipe, obrigou Dorival Jr. a mudar para trás. Sacou André, colocou Pará e recompôs o meio com Wesley. Depois abriu mão de Neimar e trouxe o esforçado Madson. Reequilibrou a partida. De lambuja achou o 3º gol na falha de Rogério Ceni. Belíssimo jogo, digno da grandeza das equipes. Domingo tem mais e a vantagem do Santos é enorme. Pode até perder por um gol de diferença que se classifica.
Na outra semifinal, também compareceu a lógica. Comandada pelo excelente meio campo de Gil, Alê, Bruno Cesar e Branquinho e o talento de Rodriguinho, o Santo André virou pra cima do Prudente. Senti o time de Prudente muito cansado no segundo tempo e o Ramalhão esbajando tecnica e preparo físico.
A final está pintada: Santos e Santo André. Dentro da mais absoluta lógica, afinal foram as duas melhores equipes da competição! Favorito? Bem, deixa pra próxima conversa!


João Carlos de Freitas

quinta-feira, 1 de abril de 2010

SERGIO GUEDES PAGOU PRA VER!

Poucos profissionais de futebol conhecem todo o espírito da comunidade pontepretana! Sérgio é formado nos bons tempos de Ponte Preta. Final dos anos 70, início dos anos 80, Guedes teve escolas referenciais na base. Zé Duarte, Milton dos Santos, Cilinho, Dimas Monteiro seu treinador no início da carreira. Foi campeão da copa S.Paulo em 82 ao lado de Chicão, Mauro, Silvio, Carlinhos, Everaldo todos comandados por Milton dos Santos. Era de um tempo em que o "Amor à camisa" valia muito. Conhecia um clube freqüentado por verdadeiros Pontepretanos, com o único interesse de promover o elo com o sofrido torcedor. Para jogar ou freqüentar a Ponte era preciso apenas uma credencial: Amar a Ponte! Em 1987, quando do rebaixamento da equipe para a série A2 do Paulista, Sérgio se desentendeu com Barbiroto, um goleiro trazido do São Paulo e que apenas desfilava moda e galantismo. Não tinha vínculo sentimental com o clube. A Ponte caiu, mas Sérgio conservou seus valores de amor à camisa! E fez uma carreira brilhante chegando à seleção brasileira. O tempo passou e em 2008 ele vem trabalhar na Ponte como treinador, antes passando pelas categorias de base com muita aplicação. Todo mundo se recorda do sucesso da equipe no paulista! O time e o espírito viraram pó após a conquista. Vaidades, desvio de objetivo, tentação do mercado, colapso na condução do trabalho. Sérgio saiu, quase que "excomungado" e desrespeitado pela cúpula da Ponte! Contudo saiu reconhecido pelo torcedor!

Diante dos fracassos absurdos que se sucederam a diretoria resolveu atender ao clamor da torcida e repatriou Sérgio Guedes! Quase como um desafio: "Vocês pediram Sérgio? Ai está. Agora é com ele! E assim lavaram as mãos. Nas minhas tribunas, defendi que ele não deveria ter voltado. Seria carta marcada. Prática comum no futebol onde o dirigente joga o profissional aos "leões"! É que os "leões" estão exatamente dentro de casa. Movimentam-se com naturalidade e estão sempre prontos a devorar os bem intencionados. Foi assim com Nelsinho, Dicá, Marco Aurélio e não seria diferente com Sérgio Guedes! Pura ilusão, consumir a falsa razão que o treinador é sempre culpado. Esse circulo será sempre igual. É o cachorro correndo atrás do rabo! Sérgio enxergou, tentou mudar e recolocar a agremiação no verdadeiro objetivo, mas foi devorado pelos "leões" de plantão. E com o próximo deverá acontecer o mesmo. Certa feita disse que a Ponte estava muito perto de ser grande. Deveria ser um pequeno salto! Contudo não é com empresários sempre rondando, jogadores a usando como usando como trampolim, servidores dando trombada pelos corredores como se fosse repartição pública, dirigentes ufanistas e vaidosos que não conseguem enxergar a grandeza da agremiação, objetivos malfadados e vazios!


Pobre Ponte Preta, desintegrada precisando de um rumo à terra prometida. Enquanto aguarda um "Messias", vai à deriva porque ainda tem uma fôrça extraordinária! A fôrça do seu Povo!



Um abraço!


João Carlos de Freitas