LUCIANO DIAS FORA DO BANCO!

O treinador Luciano Dias acaba de ser suspenso! Um mês fora do banco de reservas. Houve exagero na pena! Imaginem Luxemburgo, Muricy, Leão como importunam os árbitros. E raramente são punidos. Luciano apenas reclamou e sua expulsão foi demais. A velha discussão sobre a validade do treinador á beira do gramado está aberta. O bom treinador é aquele que prepara o time. Faz adequações coerentes, observa característica dos jogadores e monta suas alternativas em cima. O bom treinador treina várias alternativas. Para a vitória, para quando o time sai perdendo, para quando faz o gol muito cedo, para quando joga com 10 ou quando tem a vantagem do homem a mais. O bom treinador conhece seu jogador a fundo, procura tirar tudo que ele pode oferecer. O bom treinador tem a arte da motivação. O bom treinador dá exemplo e faz justiça aos seus comandados. Ocorre que no mundo moderno, onde a mídia tem grande influência, alguns treinadores criaram o famoso grito fora do campo. Aproveitam o espaço para exibição e muitos até fazem daquele instante um espaço para performance! Acho o efeito do treinador á beira do campo bastante limitado. Não creio que seus gritos sejam capazes de mudar o rumo da partida á favor. O próprio ambiente é inadequado. Portanto de outro angulo o treinador pode atuar até melhor na direção da equipe. Suspensão de treinador apenas o impede de entrar no banco de reservas e para alguns passa a ser até uma vantagem porque terão a chance de olhar o jogo de cima. E cá entre nós, é uma visão muito mais privilegiada!


João Carlos de Freitas

PAULO AUTUORI OU WANDERLEY LUXEMBURGO?

De fato Dunga vive seus últimos momentos como treinador da seleção. Acreditou em papai noel ou se propôs ao ridículo anunciado. Todos nós achávamos que após a Euro-Copa 2008, Felipão reassumisse o cargo. Isso aconteceu com o Cruzeiro de 2000. Marco Aurélio esquentou o banco e Felipão voltou do Japão como técnico do Cruzeiro. A diferença é que Marco sabia que era interino e Dunga não se deu conta do fato. Caso se revelasse como um fenômeno poderia continuar. Foi apenas um treinador comum e no Brasil isso não é aceito. Não é o culpado pela derrota olímpica. Paga o preço do noviciado e da bagunça que é formar um time brasileiro. Portanto está sendo condenado pela falta de experiência como treinador. Nesse ponto a CBF se equivocou! Existem treinadores com muito mais currículo e experiência. A convocação de Dunga foi um desrespeito á classe de treinadores. Imaginem um Muricy, Abel, Mano Menezes até Luxemburgo ou Joel Santana como devem ter se sentido! Pela ordem natural, Wanderley deveria ser o treinador. Não se trata de um nome acima de qualquer suspeita, mas é o exato perfil que o momento exige! Contudo no Rio de Janeiro fala-se em Paulo Autuori. Seu histórico é inferior ao de Luxemburgo e certamente teria as mesmas dificuldades de Dunga para juntar e fazer o time. Luxemburgo é mais maduro e malandro no meio e nesse instante sua malandragem ajudaria mais a seleção! O tema está lançado! Dunga dirige contra e Chile e pode ser até que não emplaque o jogo contra a Bolívia. Se conseguir, deve se despedir no Brasil e no rio, no estádio do Engenhão. Para o ano que vem Autuori ou Luxemburgo devem assumir!

João Carlos de Freitas

DR. PIRACI DE OLIVEIRA - O FUTEBOL NO BRASIL PARA EM MAIO DE 2009!

No último dia 22 participei do II congresso de Direito Desportivo de Campinas. A palestra do meu painel foi sobre a tributação no futebol. Dr. Piraci Oliveira Júnior, ex-diretor do Palmeiras e especialista no assunto foi o palestrante. Após apresentar alguns dados sobre o momento dos clubes em termos fiscais, levantou um polêmico assunto: a Timemania. Segundo Piraci, o projeto nasceu furado. Ironizou o garoto propaganda Pelé que aparece com a camisa do Boca Júnior no comercial. Acrescentou que o resultado está sendo pífio e finalizou dizendo que a lei deixa brechas para penhora do valor destinado aos clubes. Existem ações tramitando de credores de clubes solicitando penhora dos recursos. Segundo sua previsão em maio de 2009 as penhoras terão de ser cumpridas e ai teria de ser criada a timemania 2 ou então paralisar o futebol brasileiro!


João Carlos de Freitas

COM RICARDINHO O BRASIL SERIA OURO!!

O voleibol, embora seja o segundo esporte do Brasil, não possui uma cobertura e uma exigência tal qual o futebol. O torcedor torce para a seleção brasileira. Não existem clubes tradicionais de vôlei. Logo, a crônica esportiva brasileira trata o esse esporte com um certo paternalismo e pouca contundência jornalística! Em 1970, a imprensa esportiva praticamente escalou o time campeão. Fizemos um último amistoso aqui no Brasil contra a Áustria e vencemos por 1 a 0, com o chamado time do povo sugerido e exigido pela crônica esportiva. Em 1994, parreira e Zagalo tiveram que engolir à contra gosto o jogador Romário, que nos deu o titulo da copa! O caso Ricardinho foi tratado superficialmente. Não houve uma participação efetiva e profunda do jornalismo esportivo. Muito relato e pouca polêmica. No futebol isso não teria acontecido e certamente o povo motivado pela imprensa exigiria a presença de Ricardinho, ainda que fosse para abrir mão do treinador. Polêmica esportiva se faz muito em função do que poderia ter acontecido. No cenário olímpico, estávamos antevendo que os norte-americanos já vinham atropelando na preparação e chegariam na olimpíada no seu melhor. O levantador é o jogador mais importante do time. Viram a performance de Fofão no feminino? Guimarães teve de apelar para que ela continuasse na seleção. E vai continuar pedindo para que ela continue. Pelo desenrolar do jogo final a previsão com Ricardinho no time seria outra. Ganhar ou perder faz parte do esporte, contudo os times têm de jogar com sua força máxima. Perdemos apertado, quem sabe poderíamos ter ganho apertado com a presença de Ricardinho! O povo brasileiro foi o grande penalizado com o desentendimento entre Ricardinho e Bernardinho!


João Carlos de Freitas

ELAS MERECIAM O OURO!!!

Essa medalha devemos chorar. As meninas da seleção brasileira foram encantadoras em muitos momentos dos jogos. Contra a Alemanha o show valeu! Infelizmente beleza e estética não garantem resultados. O Brasil de 82 também foi sublime e perdeu para a força da azurra. O mesmo se aplica à Holanda de 74 e a Hungria de 54. O futebol de resultado é cruel. Privilegia a força física, a tática, o preparo científico e negligencia a arte do futebol. As americanas têm o manual do resultado. Seguem o itinerário sem se preocupar com a forma e assim levaram o ouro. Provamos que temos condições de tornar atrativo o futebol feminino. O torcedor já está preparado para consumi-lo. Resta, portanto os dirigentes formarem seu mercado e teremos uma modalidade altamente interessante. Jogadoras como Marta e Cristiane podem lotar qualquer estádio. Temos certeza que neste Brasil de Deus, outras talentosas garotas podem jogar futebol de boa qualidade. A prata é um consolo, talvez o início de uma nova era no futebol feminino!


João Carlos de Freitas

E AGORA BRASIL?

O sinal de alerta está ligado para a Seleção Brasileira. Terminado o sonho da medalha de ouro olímpica (a de bronze é só consolação), temos de começar a refletir sobre a próxima copa do mundo. Não podemos repetir o vexame da Alemanha e para isso algumas providências imediatas de vem ser tomadas, a saber:

1-) A posição de Dunga ficará quase que insustentável. O treinador foi colocado no patamar da escada sem ter subido os degraus. Está sucumbindo. A falta de confiança do torcedor brasileiro e da crônica esportiva tornará o trabalho extremamente complicado. Por isso o ideal no momento é a troca de Dunga por Luxemburgo, o único com capacidade em disponibilidade e adequado às conveniências de Teixeira, o todo poderoso presidente da CBF.

2-) Kaká passa a ter mais responsabilidade e importância. Ronaldinho Gaúcho que poderia dividir esse status não se firma como grande jogador de seleção brasileira.

3-) Ronaldinho Gaúcho terá que se definir. Terá o resto do ano e todo 2009 para voltar a ter a nossa confiança como jogador fora de série, capaz de decidir para o Brasil. Garrincha, Pelé, Romário, Ronaldo Nazário são os quatro reconhecidos como decisivos e importantes nas conquistas das copas. Junto com Kaká ele poderia passar para a história incluso nesse quarteto.

4-) Dos jogadores que estão nos jogos olímpicos pouca coisa vamos aproveitar. Diego não se firmou como jogador de seleção, os volantes estão verdes. Talvez Hernani possa evoluir e Pato também não tem peso para ser o cara em 2010. Logo, devemos prestigiar muito Adriano e Luis Fabiano, os mais cotados.

Em 2005 vencemos a copa confederação dando show nos argentinos, em 2006 fomos um fiasco. Foi um titulo que nos fez muito mal! Agora perdemos para nossos rivais. Vamos esperar que essa derrota nos faça bem!


João Carlos de Freitas

O MÁGICO DE OZ E O GUARANI.

Hoje faz 69 anos do lançamento desse clássico do cinema. Judy Garland deu show de interpretação e até hoje o filme faz sucesso e se mantém atual. Dentre tantas boas lições que a obra sugere está o amor pela nossa casa. É um refrão repetido no filme a todo instante. Os treinadores de futebol gostam muito de motivar seus jogadores. Acho que seria oportuno e proveitoso que os jogadores do Guarani assistissem ao filme para consolidar as mensagens e as lições! Nossa casa tem que ser sempre valorizada! Nos da a segurança de posse, o aconchego da tranqüilidade e a energia necessária para buscarmos os objetivos. O Guarani não tem aproveitado as vantagens de jogar em casa, talvez por algum temor mal explicado. Os personagens do filme buscam valores imprescindíveis para o sucesso. Coração, inteligência e coragem ficam muito explícitas na estória. Somewhere Over The Rainbow (Em Algum Lugar Acima do Arco-íris) é a canção que embala e dá alma ao filme. Tenho certeza que os garotos do Guarani vão se sensibilizar e se motivar com a beleza da obra e o Noroeste pode pagar por isso!

Um abraço a todos!

João Carlos de Freitas

II SEMINÁRIO DE DIREITO DESPORTIVO DE CAMPINAS

LOCAL: CARECA SPORT CENTER - DATA: 22 DE AGOSTO DE 2008
INFO: http://www.ferrazsampaio.adv.br/

Organizador: Renato Ferraz Sampaio Savy – Advogado e Pres. da Comissão de Direito Desportivo da OAB – Campinas

Coordenador Acadêmico: Dra. Tereza Asta – Desembargadora Federal do Trab. e Dra. pela USP.
Coordenador: Dr. Flávio Gaspar – Juiz Titular da 6 Vara do Trabalho de Campinas

08:00 horas– Início dos credenciamentos
08:45 horas – Abertura – Dra. Tereza Dóro – Presidente da OAB/SP – Subsecção Campinas

09:00 horas - Painel: Relações de Trabalho no Desporto

Palestrante "Dr. Domingos Sávio Zainaghi" – Doutor e Mestre em Direito pela Puc/SP, professor Universitário e Pós Graduação, Pós Doutorado pela Universidade Castilla La Mancha e Presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB/SP

Presidente de mesa: Dra. Tereza Asta – Desembargadora Federal do Trab. e Dra. pela USP.
Participante: Carlos Batista – Diretor de Esportes da Rádio e TV Bandeirantes.

10:30 horas - intervalo

10:50 horas - Painel: Alterações da Lei 9.615/98 – Lei Pelé

Palestrante: “Eduardo Carlezzo” – Advogado e Dir. do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo
Presidente de mesa: Dra. Tereza Asta -Desembargadora Federal do Trab. e Dra. pela USP
Participante: Alberto César – Radialista, narrador e apresentador de rádio e televisão – Rádio Central.

12:20 horas – almoço

14:10 horas - Painel: Reflexos Tributários e Previdenciários das Relações Desportivas

Palestrante: “Piraci Oliveira Júnior” – Mestre em Direito, professor Universitário e Pós Graduação e advogado do Sindicato Nacional dos Clubes e Federações de Futebol.
Presidente de mesa: Dr. Flávio Gaspar – Juiz Titular da 6 Vara do Trabalho de Campinas
Participante: João Carlos de Freitas – Jornalista esportivo e comentarista da TVB e Rádio CBN

15:40 horas – intervalo

16:00 horas - Painel: Aspectos Jurídicos do Estatuto do Torcedor

Palestrante "Dr. Anderson Gianetti" – Advogado e Dir. do Procon Campinas
Presidente de mesa: Dr. Flávio Gaspar – Juiz Titular da 6 Vara do Trabalho de Campinas
Participante: Roberto Marcondes – Jornalista, publicitário e coordenador de esportes da Rádio Brasil.

17:30 – Término.

GUARANI - HA TRINTA ANOS ATRÁS COM CHUFFI E MAURO!

Neste 13 de agosto, onde o clube celebra o maior instante da sua história, lembrando os 30 anos da conquista do campeonato brasileiro. O time era de outro planeta. Seguro na zaga, onde Gomes fez esquecer Amaral vendido para o Corinthians naquele ano, Zé Carlos equilibrava o time e comandava os garotos. Na derrota de 5 a 1 para o Remo, em vez de lamentar, Zé Carlos chamou o grupo todo no seu quarto e ali tratou de dar moral aos meninos ainda inseguros pela inexperiência. O ataque era o ponto forte. Renato e Careca formavam uma dupla infernal. Renato era inteligente, habilidoso, rápido e Careca um fora de série. Certa feita Leão se referindo ao lance que originou no pênalti convertido por Zenon em Escurinho, já que Leão fora expulso pelo lance, disse que com 17 anos Careca conseguiu irritá-lo. Leão era titular da seleção brasileira e considerado um dos melhores do mundo na época! Quando Carlos Alberto Silva, um desconhecido para os campineiros, chegou o espanto foi geral: " não vai dar certo " diziam os incrédulos. Dr. Ricardo Chuffi chamou o treinador e lhe disse: _ eu tenho 2 anos de mandato, você tem dois anos de emprego" , foram palavras que deram ao treinador a confiança para realizar o trabalho. O Guarani começou a ser campeão em Porto Alegre. Os gaúchos caçoavam o ataque que tinha Careca e Bozó: " parece nome de palhaço de circo " diziam os colorados. Carlos Alberto Silva aproveitou para tirar vantagem do fato e provocou os jogadores mostrando os jornais com as declarações. O Guarani venceu por 3 a 0 e Zenon fez um gol raro passando com a bola por toda defesa do Inter. Mauro Cabeção estava em plena forma. Era um garoto ousado, irreverente , sem medo de jogar. Dos jogadores é o que não está entre nós! Assassinado em Nova Odessa, seu velório foi marcado por uma imensa comoção com a presença de muitos dos seus colegas incluindo Carlos Alberto Silva que veio de Belo Horizonte. Sr. Ricardo chuffi, também falecido, merece ser lembrado. Era um presidente equilibrado, sensato e apaixonado pelo Guarani! O bugre parou e espantou o Brasil. Para João Saldanha, referência na opinião esportiva da época, a Seleção Brasileira de 78 deveria ter como base o time do Guarani. O torcedor tem de se orgulhar dessa história . Foi o maior momento do Guarani FC.!

Parabéns ao Guarani FC!!!


João Carlos de Freitas

O ADVERSÁRIO É O NOROESTE

Excelente resultado em Bauru teve o Guarani na Série C. Corretamente o Guarani está elegendo o Noroeste como seu grande adversário. O Ituiutaba está muito perto da classificação e o Ituano praticamente fora da luta. Desta forma Noroeste e Guarani decidem uma vaga. Portanto o empate em Bauru tem sabor de vitória. Se vencer o jogo da volta o bugre estará muito próximo da classificação. Depois de um primeiro tempo modesto, a equipe se conscientizou no segundo tempo que seu time não era inferior ao norusca e reagiu! Em Campinas o time tem que tomar a iniciativa e finalmente fazer valer os fatores campo e torcida!

PONTE PRETA 108 ANOS!

Se Charles Muller foi quem trouxe a bola de futebol para o Brasil, não é exagerado dizer que a Ponte fundou o futebol no Brasil. Este pensamento é do mestre Zaiman de Brito Franco, um pensador a respeito das coisas da macaca. Sergio Salvucci e Lombardi Neto falavam á alma e ao coração pontepretano, acho que Zaiman herdou esses dotes comovendo o sensível coração do torcedor pontepretano! A Ponte é um clube especial. Não depende de ter um grande time, embora na história do futebol grandes equipes representaram a camisa da Ponte! Entre tantas alegrias o torcedor da Ponte curte muito as amarguras. Em 1961 a perda para a Prudentina, em 1964 a derrota para a Portuguesa Santista dentro do Moisés Lucarelli. Em compensação o torcedor comemora certas vitórias como se fossem títulos. Foi assim em 1951 contra o Palmeiras, em 1977 no segundo jogo da decisão contra o Corinthians, a vitória no derby por 4 a 2 quebrando o tabu e dançando a valsa ! O que une a nação pontepretana são os momentos de confraternização principalmente quando o time está em campo. Seja pra curtir bons times ou simplesmente para passear pelo Moisés Lucarelli. O pontepretano tem orgulho da sua camisa de faixa, do seu mascote a macaca, do seu estádio Majestoso. Talvez a principal energia do clube esteja no estádio. Ali pairam espíritos arrojados e apaixonados. O mutirão que ergueu o estádio se compõe de muitos que já não estão conosco! Povoam com muita energia aquele espaço. Sempre gosto de observar que a entrada da Ponte em campo é como se fosse a oitava maravilha do mundo, é o instante em que o pontepretano se sente um pouco dono do mundo! O futebol deve ter muita gratidão pela ponte preta porque ela fundou o futebol no Brasil! Parabéns!

Um abraço!

João Carlos de Freitas

PONTE PRETA 108 ANOS - POR ANDERSON SAVIOLI

É Ponte Preta... 108 anos de vida, quem diria... Acho que só nós pontepretanos! 108 de muitos outros que virão...

Eu tenho 20 anos de Ponte Preta... Meu Pai 46... Uns mais, outros menos, mais todos com a mesma paixão. A de assistir a um jogo da Macaca, de ver o Majestoso bufando, a torcida mordendo o alambrado metendo pressão nos adversários, a magia na hora dos gols, a festa da massa ao massacrar o ex-rival em um Derby...

Várias vitórias, outras derrotas, protestos, comemorações... Quem não se lembra do acesso contra o Náutico? Quem não se lembra daquele ultimo jogo em 2003, Ponte x Fortaleza quando escapamos do rebaixamento? E o gol do Lauro de cabeça contra o Flamengo? Aquele gol histórico do meio de campo de Marco Aurélio contra o Atlético-MG em 2001? Piá imitando galinha em Derby? Brigatti zoando o ex-rival? Os vários protestos em pró de uma Ponte Preta gigante, com jogadores honrando a camisa que veste?

Esses são poucos momentos vividos por mim e vários outros “macacos”! Poucos pra mim, que tenho 20 anos apenas, outros mais velhos já tiveram muito mais emoção que eu. Que pontepretano não queria ver a Máquina de 77 jogar com Mestre Dica e Cia? Às vezes até chego a pensar “queria ter nascido nos anos 60”. Pra mim poucos momentos, mais marcantes. Já sorri, já chorei, já gritei vendo a Ponte Preta ganhar, perder e empatar.

Já presenciei meu time disputando uma final de campeonato, coisa que torcedores de outros clubes, com a mesma idade que eu, e até mais velhos, não viram... Assisti a primeira final de Campeonato realizada no Majestoso, fato esse marcante pra mim, que jamais vou esquecer que para outros pontepretanos, infelizmente não foi possível...

Já vi Washington, Mineiro, Fabiano (Luis Fabiano), Fabinho, Fabio Luciano, Claudinho, Marcelo Borges, Régis Pitbull, Macedo e Piá na grande fase deles, Dario Gigena, entre outros grandes jogadores que por aqui vestiram o manto sagrado.

O pontepretano é diferente dos demais torcedores. Ser pontepretano não é torcer simplesmente para um time de futebol. Ser pontepretano é seguir uma religião, fazer parte de uma Nação. O pontepretano é algo que ninguém nunca vai entender apenas os verdadeiros pontepretanos que tem sangue preto e branco circulando nas veias.

Títulos? Pra mim não é importante, e acho que nem para os demais Macacos! Porque se fosse, não teríamos a maior torcida do interior do país. A Ponte Preta tem a paixão de seus torcedores, e isso vale mais que qualquer titulo.

Poderia escrever várias e várias linhas sobre o que é Ponte Preta, e o que é ser pontepretano, mais paro por aqui.

E antes que me esqueça:

PARABÉNS ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA PONTE PRETA, PELOS 108 ANOS DE VIDA, E UM MUITO OBRIGADO, EM NOME DE TODA ESSA GIGANTESCA NAÇÃO, AOS 108 ANOS DE ALEGRIA, FELICIDADE E PAIXÃO, PASSADA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO, PARA TODOS NÓS PONTEPRETANOS!

VITÓRIA ENGANOSA DAS MULHERES NO FUTEBOL.

Por Ariovaldo Izac:

A vitória da seleção brasileira de futebol feminino do Brasil sobre a Coréia do Norte, na manhã deste sábado - 09/08 - (horário de Brasília), por 2 a 1, nos Jogos Olímpicos da China, foi extremamente enganosa, imerecida. Na pior das hipóteses, o time norte-coreano devia ter empatado. O Brasil achou dois gols, frutos de falhas defensivas das norte-coreanas, ainda no primeiro tempo.

Esse jogo demonstrou claramente as limitações do técnico Jorge Barcellos, que comanda a equipe brasileira. Viu se, ao longo da partida, um esquema tático arcaico, com as quatro jogadoras de defesa jogando basicamente em linha e excessivamente recuadas, pouco adiante do limite da grande área. Isso fez lembrar estruturações defensivas das décadas de 50 e 60, quando raramente os laterais ultrapassavam a linha que divide o gramado. Sem função, as laterais ficavam marcando basicamente as suas sombras, porque as norte-coreanas não adotaram um esquema ofensivo. Por vezes usavam o lado do campo para puxar contra-ataques em velocidade.

Não bastassem as deficiências das jogadas pelas beiradas do gramado, o meio-campo brasileiro foi mal posicionado e envolvido na maioria das vezes pelas adversárias. Também na criatividade e distribuição de jogadas, facilitando, conseqüentemente, a marcação dura das norte-coreanas.

O time brasileiro valeu-se de alguns lampejos da talentosa Marta, que mesmo bem marcada ainda conseguiu criar algumas situações de perigo à defesa adversária. Afora isso, deve-se destacar o bom trabalho do miolo de zaga brasileiro e também da volante Érika. A meia Formiga, irritada, fez faltas violentas e ficou barato não ter sido expulsa de campo.

Esse time brasileiro pode até ir longe na competição, mas ficou claro que taticamente o técnico Jorge Barcellos não está à altura de comandá-lo. A conseqüência de montar um quarteto defensivo muito recuado refletiu na ampliação de espaços para o adversário, que teve mais posse de bola nos dois períodos. Caso o Brasil tivesse enfrentado, neste sábado, um adversário de melhor qualidade técnica, a sorte do jogo poderia ter sido outra. Ainda bem que as norte-coreanas se valeram basicamente da correria e boa disciplina tática.

Bons tempos em que o time brasileiro era comandado pelo técnico Zé Duarte (já falecido), que além de ensinar o bê-á-bá às meninas ainda sabia distribuí-las adequadamente em campo.

Pena que a dona CBF ainda não aprendeu a lição sobre a necessidade de escolher um profissional com bagagem no futebol profissional masculino para comandar o time de mulheres. Do contrário, deficiências de planejamento tático serão repetidas.

Ariovaldo Izac é jornalista e radialista e escreve no Blog do Ari

www.ariovaldoizac.blogspot.com

A REZA DE MARCINHO

Marcinho, meia do Guarani, pode não saber as regras do futebol, mas com certeza conhece a letra de todas as orações possíveis. Foi o herói da partida contra o Ituano, mas esteve muito próximo do abismo. Depois de marcar dois golaços, foi expulso no momento da comemoração do segundo gol. O futebol tem certas leis idiotas. Essa é uma delas. Afinal o torcedor paga também para participar nos instantes de alegria. César Maluco, centroavante do Palmeiras nos anos 70, foi quem inventou a comemoração no alambrado junto ao torcedor. Era época de futebol romântico, bem jogado, com amor á camisa. Certos gols deveriam merecer pelo menos um minuto de reverência. O gol de Marcinho foi sublime. O domínio, a penetração, o drible nos beques do Ituano e a conclusão final, lance digno de um grande palco. Marcinho ignorou a regra e correu para os braços da galera. Trocou o êxtase da proeza pela expulsão. O torcedor sofreu muito com sua ausência, quase o Ituano empata. Passado o susto, acho que valeu a pena! Esses lances têm de ser comemorados, ainda que o preço seja a expulsão de campo!


João Carlos de Freitas

PAULO BONAMIGO - DEZ MANDAMENTOS!

Bonamigo tem alguns anos de rodagem como treinador. Foi um bom jogador, aplicado e com a famosa eficiência gaúcha. Teve boas oportunidades na carreira, mas não conseguiu decolar e se firmar como treinador de ponta no futebol brasileiro. Treinou o Palmeiras e se mostrou despreparado para a função! No Botafogo também não passou apenas de um bom treinador! Acho que tem futuro, mas deve corrigir pequenos detalhes que o tornarão muito melhor, a saber:

1-) Atender suas reais convicções ao escalar e mudar a equipe no decorrer do jogo.

2-) Treinar um esquema alternativo para defender resultado quando for o caso. A Série B prioriza o resultado e mantém uma cultura diferente da Série A.

3-) Eleger 3 opções permanentes no banco de reservas: um zagueiro, um volante e um atacante, capazes de mudar ou conservar o resultado positivo.Danilo Neco tem de estar em todos os bancos quando não entrar de inicio.

4-) Ás vezes 3 volantes é melhor que 2 !

5-) Agir rapidamente ao perceber que um jogador de contenção está punido com cartão amarelo. Ex: Bilica e Ricardo Conceição jogaram boa parte do jogo com 2 cartões até um deles ser expulso contra o Bahia.

6-) Decidir o companheiro de Renato. Leandrinho e Luis Ricardo não têm característica de armação ou contenção quando necessário.

7-) Arroz é grande opção de armação, quando não puder jogar Raulen tem ter uma melhor cobertura ou plantar como verdadeiro zagueiro de marcação.

8-) Treinar duas linhas de quatro para eventualidades como por exemplo ficar com 10 jogadores, a exemplo do jogo contra o Bahia.

9-) Perder a timidez e atuar com mais segurança.

10-) Quando Ricardo Conceição jogar, traçar uma linha imaginária e ordenar que ele não passe dali. Dar a ele somente função defensiva. Não se trata de pretensão, apenas um desejo de contribuição para a melhoria dos resultados!

Os méritos em caso de acesso para a Série A, serão todos do treinador e de seus jogadores!

Um abraço a todos!

João Carlos de Freitas

05 DE AGOSTO DE 1981- CAMPINAS CAPITAL DO FUTEBOL

Faz 27 anos! Um derby decidiu o primeiro turno do Campeonato Paulista. No Moisés Lucarelli! Um jogo de arrebentar corações. A Ponte venceu e conquistou o título. Acima de tudo valeu a festa. Dois times de primeira grandeza, onde qualquer um poderia vencer. Jogadores de Seleção Brasileira como: Carlos, Mauro, Jorge Mendonça, Juninho, Nenê, Careca. Um desfile de superjogadores, bem dotados tecnicamente e que valorizaram o esporte da cidade. Alguns não estão mais entre nós. Mauro, Jorge Mendonça e Ângelo faleceram e devem ser lembrados sempre que possível. Essas recordações fazem bem á alma dos campineiros. O Brasil se rendia aos encantos do futebol da terra. A mídia esportiva estava toda aqui para dizer ao Brasil o quanto era importante o futebol de Campinas. Osvaldo, Jorge Mendonça, Odirley, Ângelo e Serginho fizeram os gols que terminou em 3 a 2 para a Ponte. É comum surpreendermos velhos torcedores lembrando esses incríveis anos, onde campinas era tratada como capital do futebol!

Um abraço!

João Carlos de Freitas