segunda-feira, 22 de março de 2010

PLANETA GUARANI PROCURADO POR INVESTIDORES DIVULGA A PROPOSTA APRESENTADA AO GUARANI EM MARÇO DE 2009

Sempre que entramos no tema “negociação de patrimônio, assunto que por conta da total falta de informações oficiais, surgem casos justos e outros de injustiça. A culpa é de quem escreve? Sim, mas é também desta historia sigilosa toda.

Não era essa a intenção da coluna que apresentei hoje, mas já que o assunto pendeu para esse lado, vamos a uma correção que precisa ser feita. Fui procurado por duas pessoas, o empresário do setor imobiliário Gino Romanelli e o Sr. Alceu Coqueiro, ambos ligados ao Grupo RRC Desenbras que alem de solicitarem a correção do fato apresentaram todos os detalhes que abaixo serão detalhados.

Primeiro, não foi o ex-vice presidente Edison Torres quem apresentou o grupo comandado pelo advogado Paulo Mancusi ao Guarani, foram duas pessoas, o associado Bugrino e Conselheiro Dirso Moraes e Gino Antonio Romanell, empresário do setor imobiliário, com representação em Campinas e na capital.

Estas tratativas começaram em 12 de setembro de 2006 quando foi assinada a primeira autorização por parte da diretoria através do então vice-presidente José Carlos Sícoli para que um projeto de reconstrução do Guarani fosse empreendido, tal autorização foi emitida à empresa RRC Desenbras, empresa de estruturação imobiliária com 28 anos de mercado inclusive atuando na gestão de fundos de investimentos e contava, claro, com o envolvimento de uma negociação envolvendo o patrimônio físico do Guarani Futebol Clube.

O passo seguinte foi apresentar ao advogado Paulo Mancusi, administrador de fundos imobiliários de centenas de investidores pessoas físicas e jurídicas posto que ambos (RCC e Mancusi) tinham investidores e em comum. As duas empresas passaram a elaborar o projeto visando tal reestruturação desde então.

A partir daí varias reuniões aconteceram até que chegassem ao modelo que foi apresentado na Assembléia de 31 de março de 2008. Para você relembrar as premissas aprovadas pelos sócios do Guarani para a negociação foram:

  • A construção de um estádio moderno com capacidade para 32.500 pessoas quês eria entregue em propriedade ao Guarani Futebol Clube. Posteriormente foi corrigido na proposta adaptando o estádio aos padrões FIFA, com capacidade para 42 mil pessoas e área de estacionamento horizontal para tal publico.

  •  A construção de um centro de treinamentos, e o Guarani fez constar na proposta que este tivesse o “padrão Traffic” com oito campos de futebol profissional e uma área de alojamento para 200 atletas.

  • A construção de um novo clube social no espaço onde atualmente existe o centro de treinamentos do Guarani.

  • O pagamento de todas as dividas do Guarani Futebol Clube nas esferas cíveis, tributárias, trabalhistas e comuns.

  • O pagamento de 30 parcelas mensais de R$ 1 milhão cada.

  • O espaço onde existe o Brinco de Ouro só seria entregue quando a nova arena estivesse pronta e entregue ao Guarani Futebol Clube.

Então começaram os primeiros problemas entre os investidores e o Guarani por descontentamentos em razão de alguns atos que desagradaram os investidores diante das constantes investidas da diretoria Bugrina tentando angariar outros potenciais compradores.

Todas as ações tomadas pelo grupo foram documentadas por eles, tudo foi absolutamente protocolado, um investimento de cerca de R$ 220 mil foi desprendido por parte deles para o estudo de viabilização do projeto, todos os levantamentos foram custeados pelos investidores. Todas as reuniões entre as partes foram documentadas.

O presidente Leonel emitiu uma autorização prévia a tal grupo ainda em 2007 dando a prioridade de negociação ao grupo comandado por Paulo Mancusi dando 60 dias de validade e constando a seguinte clausula “ou até que as negociações estejam encerradas”.

Em março de 2009 foi entregue uma proposta protocolizada da forma que o Guarani exigiu e os valores sofreram considerável elevação. Desde então aguarda-se pelo desfecho da negociação, o prazo de sessenta dias está encerrado, mas a condição de “ou até que as negociações estejam encerradas” prevalece até o momento, afinal, tais negociações nunca se encerraram formalmente nem por parte do Guarani, muito menos por parte dos investidores.

O montante do negocio atualmente, conforme a proposta oficialmente apresentada chega aos R$ 301 milhões. O valor total está disponibilizado, segundo o Grupo por eles representado, desde fevereiro de 2009 aguardando que o Guarani efetive a negociação.

Esta é a proposta apresentada pelo grupo comandado pelo advogado Paulo Mancusi e que vem se arrastando desde setembro de 2006. Pela primeira vez citamos as informações com as devidas fontes para que ninguém diga que estamos mentindo ou passando uma condição equivocada.

Fica aqui para conclusão destas informações uma consideração por minha parte: Se há a viabilidade desta negociação, a proposta protocolizada eu pude ver e uma copia dela está disponibilizada pelo grupo ao Planeta Guarani se surgir algum questionamento, por que o presidente Leonel, que já poderia ter fechado a negociação há mais de um ano não o faz? Não seria melhor que o presidente chamasse à mesa toda sua diretoria, o Conselho Deliberativo e os associados do clube para que eles decidam sobre a concretização ou não da negociação?

Esta é uma questão por demais importante para que apenas uma pessoa decida e isto é meramente a minha opinião.

Que fique claro, o Planeta Guarani não está criando estas informações, elas são creditadas às fontes apresentadas no inicio desta matéria, nós só atendemos a suas solicitações e apresentamos as informações.



Marcos Ortiz – Planeta Guarani

marcos@planetaguarani.com.br

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