quarta-feira, 19 de maio de 2010

JORGINHO - NÃO É ESSA A HORA!

Jorginho tem muito prestígio junto à torcida do Palmeiras. Na pesquisa realizada pelo site sobre a substituição de Antonio Carlos, Felipão foi o grande vencedor mas Jorginho ficou em 2º. 10% da preferência é uma boa aceitação. Jorginho deixou saudades no Palmeiras, na transição Vanderlei - Muricy, ele respondeu com muito sucesso pela equipe. Despertou atenção no mercado e logo o Goiás lhe fez convite. Por lá a passagem foi modesta. Não teve o mesmo brilho do Palmeiras.

Sou da tese que treinador tem que construir a carreira pelos degraus da escada. Não acredito naqueles que são colocados no topo, sem ter conquistado os degraus. Dunga é um bom exemplo. Mesmo com bom trabalho à frente da seleção, comete erros que são próprios dos inexperientes. Jorginho tem se mostrado competente nesse início de carreira, lembra Muricy em algumas características, embora não goste de creditar a outros treinadores sua formação. Possui princípios, conviccção, conceitos futebolísticos e demostra uma liderança marcante o que lhe dá autoridade na função.

O Palmeiras está muito turbulento. Não oferece condições estáveis para se trabalhar. Portanto, menos pelo treinador, não creio ser esse o momento dele assumir o cargo. O perfil terá de ser para um treinador de peso. Felipão, Abel Braga, Carpegiani , Autuori, possuem carreiras consolidadas e talvez pudessem suportar o "terremoto". Enquanto isso Jorginho tem a grande oportunidade de se firmar e receber o reconhecimento do mercado através do trabalho na Ponte Preta. Ele deve considerar, que se for bem sucedido no clube as portas se abrirão como aconteceu com outros profissionais: Cilinho, Zé Duarte, Jair Picerni, Nelsinho Batista, Sérgio Guedes dentre tantos.

João Carlos de Freitas

quinta-feira, 13 de maio de 2010

DE OSCAR E AMARAL A LUIS FABIANO E ELANO!

Guarani e Ponte Preta como bons formadores, forneceram inúmeros jogadores para a seleção brasileira. A dupla de zaga titular de 78 foi formada em Campinas. Oscar zagueiro central da Ponte veio de Monte Sião trazido por Mario Juliato e Amaral veio da capital buscar teste no bugre e pelas mãos de Roberto Lazaretti se revelou um grande quarto zagueiro. Destaque-se que na copa de 78 Carlos, o ganso e Polozzi reserva de Amaral eram também jogadores da Ponte Preta. Em 1982, Juninho foi reserva de Oscar, este já no São Paulo, mas Juninho era jogador da Ponte Preta. Carlos seria o titular da seleção na Espanha, mas se envolveu com Ramon Dias, atacante argentino, no mundialito do Uruguai em 81, fraturou a clavícula e perdeu a posição. Mas estava no grupo como 3º goleiro jogando na época ainda pela Ponte Preta. Em 86 no México, enviamos Julio César, então zagueiro do Guarani. Júlio foi titular ganhando a vaga de Oscar, que já se preparava para encerrar a carreira. Carlos foi titular, mas já não jogava pela Ponte Preta e Edson, então reserva de Leandro, que "desertou" à última hora fez a primeira partida contra a Espanha onde vencemos por 1 a 0 . André Cruz, jogando pela Ponte Preta seria o titular em 90, mas uma contusão o tirou do time titular. Contudo outros jogadores formados em Campinas serviram a seleção em copas do mundo, jogando por outros clubes. Dentre eles Renato, que foi reserva de Zico em 82, e o maior deles todos Careca, titular em 86 e 90, jogando por S.Paulo e Nápoli. Luis Fabiano e Elano seguem o mesmo caminho. Fabiano, como era chamado nos tempos de Ponte Preta, foi descoberto por Marco Antonio Eberlim, então diretor de futebol, lá no campo do Alvorecer, time amador da cidade, que revelava jogador. Fabiano era rebelde, truculento, irreverente e não foram poucas às vezes que a própria torcida da Ponte o censurou sem contar vaias que recebia por deficiência técnica. Muitos o chamavam de grosso. Marco Aurélio Moreira, treinador do júnior em 98 na copa S.Paulo sempre afirmava: _ Tenham paciência, ele vai jogar na seleção brasileira. Tinha razão Marco Aurélio. Elano veio de Iracemápolis. Era meia atacante. Não tinha agressividade, embora se destacasse, mas outros jogadores apareciam mais e assim o Guarani negligenciou Elano, até perdê-lo. Elano ficou sem jogar por sete meses, esquecido e pensando em parar com a bola. Foi na Inter de Limeira que ele retomou a carreira. Um dia Gersinho, sabendo do fato imediatamente o recomendou para o Santos, onde Giba treinador das equipes de base o transformou em 2º volante. Estava nascendo um jogador de seleção brasileira. Os times de Campinas merecem, portanto elogios pelos jogadores que produziram e disputaram ou disputarão Copa do mundo. OSCAR, AMARAL, CARLOS, POLOZZI, JUNINHO, RENATO, JULIO CESAR, EDSON, ANDRÉ CRUZ, CARECA, LUIZÃO e em 2010 ELANO E LUIS FABIANO como titulares absolutos.

João Carlos de Freitas

PARA DUNGA A VOZ DO POVO NÃO É A VOZ DE DEUS!

Em nome da coerência e outros valores óbvios, Dunga não ouviu o clamor popular no fechamento da lista final do elenco que vai à copa. Vamos privar o mundo de assistir talentos raros do futebol Neymar, Ganso e Ronaldinho Gaucho representam a cara do verdadeiro futebol brasileiro. Nós fomos habituados com futebol alegre, artístico, talentoso e ofensivo. A excelente fase de Ganso, Neymar e até Gaucho não foi suficiente para sensibilizar e seduzir o treinador da seleção.  Francisco Sarno, grande treinador nos anos 50 e 60, filósofo do futebol escreveu um livro chamado "Futebol-A dança do diabo". Descrevia as injustiças, as malandragens, os truques que fazem um jogador ou até um time vencedor. É um esporte fascinante porque não obedece a nenhuma ciência, princípio ou tratado. Tem na verdade uma lei reconhecida pelos 5 bilhões de habitantes da Terra que consomem esse esporte, chamado de universal por muitos. Cheio de segredos, encanta pela simplicidade na forma de jogar. É a lei do talento. A maioria dos jogadores de futebol faz a mesmice. Obedece ao treinador, acredita no vigor físico, acompanha alguns manuais e por ai vai. Por ser simples produz alguns diferenciados. São tão poucos no universo total a ponto de serem lembrados e canonizados pela eternidade. Não passam de 50 ao longo de toda história. Desses 50, a maioria nasceu no Brasil, com certeza o povo que mais assimila, pratica e vive o futebol. Por isso o povo entende até os métodos e critérios adotados na formação da seleção brasileira. O povo não queria desmanchar os conceitos de Dunga, nem mesmo interferir radicalmente na sua lista. Queria apenas uma pequena participação. Para se alegrar e exacerbar sua auto estima, via de regra tão baixa. O povo queria Neymar, Ganso e até Ronaldinho Gaucho. Mas já estaria feliz com apenas um destes.
O futebol não gosta de desaforos. Dunga fez um desaforo ao futebol . Atendeu a convicções inexoráveis. Não teve o balanço e o jogo de cintura dos craques. É um mau presságio. Em 70 Zagalo ouviu o povo e escalou a seleção que todos queriam. Foi um sucesso. Em 66, Dias, Carlos Alberto e Djalma Dias foram preteridos, em 78 Falcão ficou de fora, Telê tirou Renato Gaúcho em 86 e Leandro se rebelou, em 90 Neto seria o camisa 10 e Lazaroni preferiu Bismark. Perdemos em todos esses anos. Se Dunga fosse o treinador da seleção em 58, em nome da sua coerência, não levaria Pelé à Copa !!!


João Carlos de Freitas

quinta-feira, 6 de maio de 2010

OS ERROS DO CORINTHIANS!

A eliminação do Corinthians da Libertadores tem de servir como lição. O clube tem pouca experiência na disputa e somente a repetição é que vai amadurecer efetivamente a equipe. Não se pode dizer que o time foi mal. Em oito partidas disputadas ganhou 6, empatou uma e perdeu a que não poderia. É um regulamento cruel e como tal deve ser tratado. Às vezes é interessante manipular segundo a conviniência. O Corinthians foi com muita sede ao pote e não trabalhou alguns detalhes, vamos enumerá-los:

1-) Derrubou o que vinha dando certo em termos táticos: o trio Dentinho- Ronaldo - Jorge Henrique foi desfeito no início da temporada.

2-) Os testes foram equivocados. Bons jogadores vieram, mas ao invés de conservar a base do meio para a frente, Mano foi testanto pelo velho método tentativa e erro. Deveria ter mantido o trio e os testes poderiam ser feito um de cada vez. ex: alguém no lugar de Dentinho, mas mantendo Ronaldo e Jorge Henrique e assim por diante.

3-) Mano confiou em Tcheco, tentando repetir sua filosofia do Gremio. Não percebeu que no estilo do Corinthians Tcheco teria dificuldades pela sua lentidão. O mesmo se aplica a Yarlei.

4-) Depositou todo sistema de jogo em cima de Ronaldo. Ele sabia da limitação do fenômeno e não conseguiu preparrar um plano B, para momentos de dúvida. Concebeu Ronaldo Como um verdadeiro "sócio" do time. Ronaldo não se comprometeu no mesmo nível de todos. Diretoria, Comissão tecnica e torcida.

5-) Mano custou a colocar o time titular em campo, embora soubesse qual era. Neglicenciou o paulista, quando poderia ter repetido o time ideal. Quando percebeu que o melhor seria a velha formação com os tres atacantes, já era tarde. Os que mais perderam rítmo foram Dentinho e Jorge Henrique, já que Mano teimou em substituí-los.

6-) A escolha da filosofia de jogo estava correta, mas com a inconstância na escalação do trio, diminiu o rítmo.

7-) Ao identificar que poderia ter o Flamengo nas oitavas deveria ter "provocado" um outro caminho. Ficou na mira do obstáculo e correu um risco desnecessário que lhe custou a desclassificação!

Portanto libertadores não se ganha apenas dentro do campo. É um torneio e não um campeonato de regularidade. É preciso contudência, organização e inteligência. Faltou ao corinthians a "maladragem dos experientes"!

João Carlos de Freitas

terça-feira, 4 de maio de 2010

SELEÇÃO DO CAMPEONATO PAULISTA!

Existe uma corrente considerável da crônica esportiva brasileira que combate ferozmente a realização dos campeonatos estaduais. Alegam que os grandes abastecem os pequenos e se prejudicam por isso. Dizem também que são campeonatos que não levam a nenhum lugar. É uma visão que não combina com os conceitos democráticos, se considerarmos o interesse dos torcedores nos confrontos de rivalidade. O campeonato paulista 2010 reforça a validade da competição. Muito disputado nível técnico à altura dos melhores campeonatos do mundo e dois finalistas que encantaram o público esportivo. Esses críticos terão que aguardar por muito tempo a negação dos estaduais. Talvez nem vivam pra ver! Para celebrar o excelente nível técnico do campeonato vai aqui minha seleção do campeonato, a saber:

JULIO CESAR (SANTO ANDRÉ), CICINHO (STO ANDRÉ), DRACENA ( SANTOS), MIRANDA ( SÃO PAULO), ANDREZINHO(BOTAFOGO) , ASSUNÇÃO( PRUDENTE), BAIANO ( PAULISTA), PAULO HENRIQUE GANSO (SANTOS), RODRIGUINHO (SANTO ANDRÉ), RICARDO BUENO (OESTE) E NEYMAR ( SANTOS) ,TECNICO: SERGIO SOARES (SANTO ANDRÉ)

MELHOR JOGADOR: PAULO HENRIQUE GANSO
REVELAÇÃO : RICARDO BUENO


João Carlos de Freitas