Abaixo e-mail recebido de um internauta.Olá, João Carlos! Em primeiro lugar, parabéns por seus comentários sempre inteligentes e muito oportunos! Sou pontepretano de longa data, e, como alguém que atua em empresas multinacionais há muitos anos, chego à conclusão que é preciso fazer uma mudança radical na forma como a Ponte Preta está sendo gerenciada. Acho que a filosofia implantada não está voltada a resultados práticos. Parece que estamos focando nos meios e não nos fins. É preciso inovar! Estamos insistindo na mesma fórmula que não está dando certo há alguns anos! Estamos preocupados em quem vai ser o técnico, se vamos trazer esse ou aquele jogador, qual é o melhor esquema tático... é verdade que tudo isso é importante, mas antes disso está faltando uma filosofia gerencial que busque resultados. Está faltando um planejamento estratégico para o futebol, com visão de curto, médio e longo prazos. Afinal, o futebol é o carro chefe do clube. Na linguagem empresarial, dizemos que é o "core business". E parece que a Ponte deixou de olhar seu "core business" de forma estratégica. Vejo muita preocupação com o novo estádio e com a busca de divisas (patrocínios, clube dos 13, cotas de TV, arrecadação de jogo, etc.). É claro que tudo isso é importante, mas entendo que a missão da Ponte não é ganhar dinheiro, mas sim buscar resultados em campo! O dinheiro de hoje deve ser investido em uma estratégia para seu "core business", que deverá se traduzir em resultados dentro de campo. E então tudo isso deve funcionar como um ciclo vicioso: patrocínios -> dinheiro -> investimento no futebol -> resultados dentro de campo -> patrocínio -> etc, fechando portanto o ciclo. Isso se traduziria automaticamente em crescimento, motivação dos torcedores, novos torcedores, e a nação pontepretana se multiplicaria, e não reduziria como está acontecendo. Veja o público no estádio... está cada dia menor... e não porque o Majestoso está inadequado, como diz nosso presidente, mas sim porque a torcida está diminuindo! A torcida quer resultados! E quando eles não vêm, a torcida não cresce... pelo contrário, ela diminui! O que é um clube sem sua torcida? É a mesma coisa que uma empresa sem clientes! A torcida é a principal parte interessada em um clube de futebol! Um não pode existir sem o outro! Principalmente quando se trata de um clube de massa! O que seria do Corinthians sem sua torcida? Provavelmente seria uma outra Ponte Preta... Há algumas semanas, fiz uma sugestão à Diretoria de Futebol da Ponte através do site do clube. Sugeri que fosse implantada uma filosofia mais forte de busca por resultados... não apenas palavras, mas ações práticas. Sabe como estão funcionando as empresas modernas? Deu resultado, ganha salário e bônus... não deu, o salário é menor, não tem bônus... e ainda pode perder o emprego! É cruel... mas funciona! Veja os resultados dessas empresas! Conheço algumas que, mesmo com a crise, cresceram 30% em 2009! O emprego CLT está em extinção... em breve, muitos profissionais serão PJ, sem vínculo empregatício com suas empresas, e medidos única e exclusivamente por resultados! Minha sugestão para a Ponte é a seguinte: os jogadores deveriam ter seus salários compostos por duas parcelas: uma fixa e uma variável. Por exemplo... dependendo do nível do jogador, seu salário fixo poderia ser de R$ 15 mil/mês independentemente dos resultado em campo. Mas, cada vitória poderia valer mais 25% desse salário. Isso significa que, caso conquiste quatro vitórias em um mês, poderia dobrar seu salário. Empates poderiam valer 10%, e derrotas não valeriam nada. Classificação no G4 poderia valer um bônus bastante diferenciado! Jogadores que atuaram na reserva ganhariam um bônus menor, salvo em condições especiais, como contusão ou problemas médicos comprovados. Isso certamente os motivaria a querer jogar, e evitaria a atitude dos famosos "chinelinhos". Tenho certeza de que isso traria uma motivação especial aos jogadores e acabaria com essa apatia que vemos em campo muitas vezes, e que chega a irritar qualquer torcedor de um clube de massa! É claro que propostas como essa teriam que ser lapidadas antes de serem implementadas, mas o que quero colocar aqui é que falta uma filosofia de gestão por resultados, principalmente quando falamos a respeito do "core business" da Ponte, que é o futebol! Minha intenção aqui foi apenas compartilhar essa visão com você, e, caso seja possível, ficaria muito feliz em ouvir sua opinião a respeito! Desculpe-me por um e-mail tão longo... obrigado pela paciência, e um grande abraço!
Quando Leonel Martins de Oliveira assumiu o clube, em condição falimentar, escrevi e comentei em minhas tribunas que o Guarani estava salvo! Longe de profetizar, tratava-se de um voto de confiança para a diretoria e para a comunidade bugrina! O Guarani estava prestes a fechar as portas. Desmoralizado, desacreditado no meio futebolístico, envergonhando a cidade e a sua torcida! Minha mensagem na verdade, contemplava uma nova visão para um clube que sempre teve muita credibilidade. A tradição do Guarani é de correção e respeito ao mundo esportivo, bem como à própria cidade que o aconchega e denota um grande amor pela sua tragetória e pela sua história também! Leonel não é nenhum milagreiro e longe está de ser grande autoridade administrativa. Conhece débito e crédito e respeito ao clube. Procura acima de tudo os interêsses da agremiação. Aqueles imediatistas e impacientes cobraram e ainda não se satisfizeram com a performance do clube. Mas o presidente demonstra pulso e objetivo claro para arrancar o Guarani dessa cilada em que foi depositado. Ele está conseguindo! Trabalho, honestidade e perseverança têm sido ferramentas importantes nessa missão quase impossível! Ha muito o que fazer, mas o destino está devolvendo sucesso a uma pessoa que tem apenas um propósito: O BEM DO GUARANI!
