
João Carlos de Freitas.
Este é um espaço para quem gosta de uma boa resenha sobre futebol, cinema e afins. Aqui trocaremos informações, sugestões, comentários e tudo que possa interessar e nos acrescentar!




Sua humildade e equilíbrio também foram importantes. Acertou na montagem da equipe e na filosofia de jogo. Montou um grupo de verdadeiros homens antes de jogadores de futebol. Deu confiança para a equipe armando para não perder e qualificando o time ao longo da competição. Nunes, Mário César, Sapucaia e Fernando Gaúcho deram o toque de competitividade que a equipe precisava. Observou a tempo a queda de rendimento de Henrique e bancou seu afastamento do time titular mesmo contra vontade de muitos torcedores. Contudo soube trabalhar principalmente os reservas que assumiram a mentalidade do objetivo. Taticamente sua maior virtude foi posicionar o time corretamente. Se revelou um grande líder e deve ser reverenciado como protagonista principal na organização da equipe! Luciano tem conceitos sólidos sobre futebol e isso farão dele um profissional de ponta no futebol brasileiro!
João Carlos de Freitas.




Enquanto isso, o Guarani também joga sua sorte contra os goianos. Não é um jogo decisivo ainda, porém de extrema importância. Luciano Dias vai colocar o time pra atacar sempre. Não é um estilo que a equipe goste, mas é necessário. O Guarani melhorou sua performance ofensiva dentro de casa, mas quando joga contra adversários de maior qualidade costuma sofrer muito. O Atlético é um time de boa qualidade para os padrões da Série C. A equipe deverá receber Nunes de volta. Isso melhora muito seu equilíbrio. Maranhão é a grande opção pelo lado direito, mas a equipe sente a falta de Marcinho. Com Mario Cesar pelo lado esquerdo, o time perde muita agilidade e Maranhão também sente a falta de Mário César, seu parceiro de lado direito. Sapucaia precisa melhorar e Roque pode aparecer um pouco mais para o ataque, municiando Fernando Gaucho para a jogada final. Existe uma pequena coincidência entre os dois times neste instante. Ambos estão próximos da Série B do ano que vem!
Um abraço a todos!
João Carlos de Freitas.
Conheci Chicão jogando pela Ponte Preta em meados dos anos 70. Veio do São Bento de Sorocaba e logo se destacou como um volante de garra e determinação. Não era um jogador de grande técnica e habilidade. Pontuava pela liderança e vontade de vencer. Por isso foi um vencedor na carreira. Na copa de 78, enfrentamos a Argentina em Rosário. Estádio lotado, enorme pressão da torcida, interesses políticos na vitória Argentina. O General Jorge Videla era o presidente da Argentina. Época da ditadura e do militarismo na América do Sul. A Argentina não podia perder a copa, portanto jogar contra eles era enfrentar uma grande batalha. Assim ficou conhecida a partida. Não ganhamos, mas também não perdemos. O placar de zero a zero, não destacou os craques: Mario Kempes, Roberto Dinamite, Jorge Mendonça, Daniel Passarela, dentre outros que ali estavam. O confronto, no entanto teve um herói reconhecido! Chicão. Encarou os argentinos e encarnou uma raça que nos orgulhou. Foi chamado de maricon pelos argentinos, mas devolveu com um futebol de macho! Foi o ponto alto da copa 78! No São Paulo foi Campeão Brasileiro de 77, embora a partida contra o Atlético em minas fosse disputada em 78. Naquele jogo foi acusado por muitos de ter fraturado a perna de Ângelo, meia do galo. Mas não foi Chicão quem participou da jogada e sim Neca, um atacante gaúcho vindo do Grêmio para o São Paulo. Chicão se tornou amigo de Ângelo e assim ficava reconhecida à lealdade do jogador. Ângelo faleceu faz 3 anos. Com saudade vamos nos lembrar sempre de Chicão, da sua raça, lealdade e amor ás camisas que defendeu!
Se Benazzi não esconde seu desejo de treinar a Ponte, é verdade também que para Sérgio Carnielli é a realização de um sonho! Muitas vezes a Ponte tentou contratá-lo. No fundo ele vem com uma responsabilidade limitada. Se vencer terá dado um grande passo na carreira, se perder tudo estará dentro da lógica. Em apenas dez partidas a ponte terá que fazer para segurança total, cerca de 20 pontos. Trata-se de um pequeno milagre. Benazzi vai montar um verdadeiro arsenal. Seu estilo é a cara da Ponte. Vibrante, estrategista, malandro no bom sentido, experiente nesse tipo de trabalho. Os líderes da equipe Deda e César serão peças importantes. O padrão tático terá de ser resgatado. A torcida deve ser motivada. Os bastidores são necessários para essa empreitada. Os cinco jogos de casa têm que ser faturados. Fora de casa ela poderá descartar três. Se possível passar por Vila Nova e Barueri, o que lhe daria vantagem por serem adversários diretos. O Avai também é adversário e pode ser colocado como grande rival. O jogo será em Florianópolis. Embora com um percentual baixo, os estatísticos falam em 16 por cento, os fatores crença e competência poderão decidir. E não há ninguém melhor que Benazzi para estimular todos os valores que o time vai precisar!
Alguns jogadores são ídolos de todas as torcidas. Alguns times são apreciados e admirados por todos. Qual o brasileiro que não adorava o sobrenatural time do Santos da década de 60? Até corintianos que eram judiados por Pelé e seus companheiros gostavam do futebol do velho Santos. Mauro Ramos de Oliveira, zagueiro do São Paulo, Santos e Seleção Brasileira. Era querido por palmeirenses e corintianos. Gilmar era adorado por todos. Djalma Santos era aplaudido em qualquer estádio por qualquer torcida, Ademir da Guia também. Pelé era reconhecido pela sua genialidade e caráter. Portanto aplaudido por muitos adversários. Washington quando jogava na Ponte tinha o respeito dos bugrinos. Amaral tinha a simpatia de torcedores da Ponte! São alguns exemplos que podem servir para entendermos o amor do torcedor brasileiro por Marcos, o goleiro do Palmeiras. A competência técnica de Marcão é indiscutível. Rápido, explosivo, líder e autêntico no comportamento. Faz a linha que todos gostam. O são-paulino tem em Rogério Ceni seu grande ídolo, mas também guarda no coração um pedacinho para o ídolo palmeirense. Os jogadores adversários não se cansam se elogiá-lo, os repórteres adoram sua resenha e a torcida brasileira o elege como um dos melhores de todos os tempos! Na comemoração dos 400 jogos de Marcos pelo verdão o povo brasileiro se junta. Eis algo merecido e reconhecido por todos! Que Marcão sirva de exemplo para tantos que percorrem o caminho da idolatria!
É um jogo que todos querem jogar. Portanto a motivação é automática. Estranho o Abade ter confundido Arroz com Deda! E Deda foi expulso injustamente. Vai fazer falta porque Jean também não joga. Bonamigo ainda não definiu os substitutos. Acho que se ele optar por três zagueiros, vai levar desvantagem. Apenas Herrera joga um pouco mais entre os zagueiros, portanto teríamos três para marcar um. Nesse caso o ideal é congestionar o meio do Corinthians. Marcar Douglas individualmente diminuiria sobremaneira a criatividade do Corinthians. Conceição é ideal para essa tarefa. Willian é raçudo e trabalhador. Pode bater com Morais e levar vantagem. Mano vai marcar Renato individualmente, por isso ele pode carregar seu marcador pra perto dos beques corintianos. Assim Leandrinho pode ter um pouco mais de liberdade e resolver pra Ponte. O perigo maior será André Santos. Raulen não tem velocidade e técnica para anulá-lo, portanto Leandrinho pode jogar nas costas dele para minimizar suas projeções. Leandro ou Neto Baiano têm de jogar enfiado. Vicente será o homem da saída, já que Alessandro vem de inatividade. Ele vai ter um complicador por ali. Elias vigia muito bem as passadas do lateral e ainda aparece para atacar. É o jogador mais importante do Corinthians taticamente. Melhor que ele apenas defenda, por isso que Renato e Vicente devem estar sempre próximos, mas no campo de ataque. Se essas teorias funcionarem, Douglas e Elias teriam seus movimentos interceptados. Raulen e Jairo devem se revezar entre Morais e Dentinho como marcadores. Willian é quem tem de se projetar pela direita, nas costas de André Santos para realizar jogadas de fundo. Neto Baiano é superior a Leandro e pode aproveitar bolas aéreas. Cumprindo essas tarefas, a Ponte tem grande chance de vencer, afinal o Corinthians está distraído com a classificação final e se esquece por vezes de se concentrar na partida em que joga, como ocorreu contra o Brasiliense!
Carbone esteve conosco no Tvb Esporte Clube do último sábado. Dentre alguns colóquios conversamos um pouco sobre esquema tático. Carbone concordou que Leandrinho e Luís Ricardo ainda não se acertaram na função de meia de ligação. Leandrinho não consegue fazer jogadas de meia e Luis Ricardo é muito lento e previsível nas jogadas de armação. Contudo são dois bons segundo atacante. Fora de casa a equipe tem de ser mais cautelosa. Não é um desejo pessoal. Aprendi a gostar de futebol com o ataque do Santos de Pelé, portanto mais que ninguém admiro o futebol ofensivo e bem jogado. No caso específico estamos tratando de competitividade, soma de pontos e sabemos que o futebol moderno, quando apresenta equipes de mesmo nível deve privilegiar a cautela como forma segura de se defender. Um bom contra ataque pode decidir partidas equilibradas. Fora de casa a Ponte tem sido presa fácil para os adversários. Quando consegue encaixar o futebol ofensivo o resultado aparece, quando não, perde com facilidade. Para a partida contra o Gama Bonamigo parece ter ouvido Carbone. Sair da previsibilidade, jogar com segurança. Com a ausência de Deda, César vai aparecer como terceiro zagueiro. Tem técnica pra isso. Com pouca força e nenhuma velocidade, César pode ser muito útil como zagueiro da sobra. Jogou assim no Campeonato Paulista e foi bem, até pelo estilo da competição. A Série B é mais pegada, menos técnica, por isso como marcador de atacante ele apresenta dificuldades. Raulen e Vicente ficarão com liberdade, porque além do terceiro zagueiro, o time terá dois volantes. Futebol não é uma ciência exata, é norteado por princípios. Por isso devemos confiar nessa formação, embora seja mais defensiva!
Nos tempos de Eurico Miranda, os árbitros que apitavam em São Januário tremiam de medo. Aplicar a regra contra o Vasco da Gama, era para muitos árbitros sentença de morte. Certa feita Paulo César de Oliveira apitou dentro da regra e esta atingiu o Vasco. O Paraná venceu a partida, Eurico entrou no gramado para protestar. O caso foi parar na comissão de arbitragem e o chefe Armando Marques chamou Paulo César de destemperado e com titica de galinha na cabeça! Foi o pior momento de Armando dirigindo a comissão de arbitragem. Uma tirania a contra os bons costumes. Estava consolidado o coronelismo dentro de São Januário. Rodrigo Cintra expulsou dois jogadores do Vasco, deu dois penais para o Cruzeiro, tudo dentro da regra. Edmundo foi jogar no gol e aproveitou para fazer um personagem heróico. Ficou ridículo! Cintra nunca teve medo de aplicar a regra contra o dono da casa. A arbitragem brasileira é extremamente caseira. Por isso Rodrigo Cintra se destaca. Pode não ser um árbitro de extraordinária capacidade técnica, mas se destaca por apitar com os mesmos critérios tanto para o mandante como para o visitante. Isso da credibilidade a ele e ao futebol!
Foi vergonhoso para a cidade de Santos, para o Santos FC, e até para o futebol. Afinal Leão é um desportista e o episódio de ontem foi motivado por mágoas decorrentes do esporte! Acho que se os agressores tivessem enfrentado Leão um por um a história teria sido outra e certamente o treinador teria derrubado seus agressores. Leão é muito forte fisicamente, por isso a ação foi de covardia onde os oito agressores o surpreenderam! Tenho certeza que os santistas de verdade estão envergonhados. O clube ficou conhecido nos tempos de Pelé como campeão da técnica e da disciplina. A elegância, o bom comportamento, o espetáculo oferecido pelos mágicos jogadores é que prevalecia. É preciso considerar também que Leão não é inimigo do Santos. Foi ele quem colocou Diego, Robinho, Elano, Renatinho e estes deram o título de 2002 ao Santos e ainda renderam dividendos com as vendas. Mesmo neste ano, no Campeonato Paulista, Leão fez um bom trabalho e sua saída foi pela fragilidade do elenco na Libertadores da América. O caso tem de ser investigado com seriedade. As câmeras flagraram os agressores e a punição tem de ser exemplar. A cidade de Santos deve exigir uma satisfação por parte da lei. O público do futebol estará atento ás penalidades para os covardes agressores. Mesmo quem não simpatiza com a pessoa de Leão está se sentindo agredido, afinal Leão é um ídolo do esporte brasileiro.
1986 foi um ano agitado em todos os sentidos. Tancredo Neves, o arauto das diretas já eleito presidente da república, não conseguiu assumir e levou o Brasil a uma das maiores comoções com sua morte. O plano cruzado estava sendo preparado pela equipe de Sarney, que viria se concretizar no ano seguinte. Estávamos em pleno ano de Copa do mundo, onde o México substituiu à Colômbia promotora original do evento. A seleção de Telê Santana viveu turbulentos dias na copa. Leandro, um dos maiores laterais de todos os tempos se recusara a embarcar com o grupo ao protestar contra a dispensa de Renato Gaúcho. Zico fazia todos os sacrifícios para jogar, por causa do joelho abalado, vítima de uma entrada criminosa de Márcio Nunes, beque do Bangu em jogo pelo Campeonato Carioca. Aquela violência, talvez tenha nos custado a copa, porque em forma Zico faria a diferença. E quem fez a diferença foi Maradona, sem dúvida o dono da copa e protagonista principal do título para a Argentina. Maradona só não fez chover. Foi a maior atuação individual de um jogador em Copas do mundo! Pintado esse breve cenário corria o Campeonato Paulista. Muito disputado e que reservaria a segunda grande surpresa para o Brasil futebolístico. A primeira foi em 78 quando o Guarani foi Campeão Brasileiro. O time da Internacional de Limeira era espetacular: Silas, João Luis, Bolívar e Pécos. Manguinha, João Batista e Gilberto Costa. Tato, kita e lê. Dirigido pelo seu José Macia, Pepe, era um time quase perfeito. Fez a decisão contra o Palmeiras de Carbone no Morumbi. 0 a 0 no primeiro jogo e uma vitória espetacular por 2 a 1 na final. Tato e Kita foram os heróis marcando os gols. O interior festejou muito e Limeira fez festa pelo resto do ano! São recordações que jamais sairão da nossa memória!
A Ponte Preta deu um mau exemplo no último sábado de como não conduzir um processo comum no futebol. A derrota para o Ceará foi doída, mas dentro da lógica. De repente uma avalanche e uma quase afirmativa que o treinador seria demitido. Os repórteres que lá estavam tiveram alguma fonte de dentro da Ponte sobre tal fato. Não seriam irresponsáveis de levantar a questão com a dimensão que tomou! Bonamigo estava fora da Ponte e Benazzi seria contratado. Apenas Carbone fez questão de publicamente desmentir tudo ainda que tivesse falado com o presidente. Bonamigo não saiu e Benazzi não foi contratado. Carbone saiu fortalecido. Bonamigo ficou desmoralizado e agora jogará sempre pressionado e pendurado em algumas partidas a começar pela próxima contra o América em casa. Com toda fragilidade que tem demonstrado Bonamigo passa a contar com um importante aliado, Carbone. E este terá que ter mais presença junto ao elenco, sugerir caminhos , palpitar no esquema, na forma de jogar, enfim Carbone sabe que se não atuar em cima do treinador tudo estará perdido. Bonamigo tem se mostrado fraco, mas Carbone como anjo da guarda poderá consagrá-lo. Bonamigo terá de ser grato a Carbone pelo resto da carreira!
O treinador Luciano Dias acaba de ser suspenso! Um mês fora do banco de reservas. Houve exagero na pena! Imaginem Luxemburgo, Muricy, Leão como importunam os árbitros. E raramente são punidos. Luciano apenas reclamou e sua expulsão foi demais. A velha discussão sobre a validade do treinador á beira do gramado está aberta. O bom treinador é aquele que prepara o time. Faz adequações coerentes, observa característica dos jogadores e monta suas alternativas em cima. O bom treinador treina várias alternativas. Para a vitória, para quando o time sai perdendo, para quando faz o gol muito cedo, para quando joga com 10 ou quando tem a vantagem do homem a mais. O bom treinador conhece seu jogador a fundo, procura tirar tudo que ele pode oferecer. O bom treinador tem a arte da motivação. O bom treinador dá exemplo e faz justiça aos seus comandados. Ocorre que no mundo moderno, onde a mídia tem grande influência, alguns treinadores criaram o famoso grito fora do campo. Aproveitam o espaço para exibição e muitos até fazem daquele instante um espaço para performance! Acho o efeito do treinador á beira do campo bastante limitado. Não creio que seus gritos sejam capazes de mudar o rumo da partida á favor. O próprio ambiente é inadequado. Portanto de outro angulo o treinador pode atuar até melhor na direção da equipe. Suspensão de treinador apenas o impede de entrar no banco de reservas e para alguns passa a ser até uma vantagem porque terão a chance de olhar o jogo de cima. E cá entre nós, é uma visão muito mais privilegiada!
De fato Dunga vive seus últimos momentos como treinador da seleção. Acreditou em papai noel ou se propôs ao ridículo anunciado. Todos nós achávamos que após a Euro-Copa 2008, Felipão reassumisse o cargo. Isso aconteceu com o Cruzeiro de 2000. Marco Aurélio esquentou o banco e Felipão voltou do Japão como técnico do Cruzeiro. A diferença é que Marco sabia que era interino e Dunga não se deu conta do fato. Caso se revelasse como um fenômeno poderia continuar. Foi apenas um treinador comum e no Brasil isso não é aceito. Não é o culpado pela derrota olímpica. Paga o preço do noviciado e da bagunça que é formar um time brasileiro. Portanto está sendo condenado pela falta de experiência como treinador. Nesse ponto a CBF se equivocou! Existem treinadores com muito mais currículo e experiência. A convocação de Dunga foi um desrespeito á classe de treinadores. Imaginem um Muricy, Abel, Mano Menezes até Luxemburgo ou Joel Santana como devem ter se sentido! Pela ordem natural, Wanderley deveria ser o treinador. Não se trata de um nome acima de qualquer suspeita, mas é o exato perfil que o momento exige! Contudo no Rio de Janeiro fala-se em Paulo Autuori. Seu histórico é inferior ao de Luxemburgo e certamente teria as mesmas dificuldades de Dunga para juntar e fazer o time. Luxemburgo é mais maduro e malandro no meio e nesse instante sua malandragem ajudaria mais a seleção! O tema está lançado! Dunga dirige contra e Chile e pode ser até que não emplaque o jogo contra a Bolívia. Se conseguir, deve se despedir no Brasil e no rio, no estádio do Engenhão. Para o ano que vem Autuori ou Luxemburgo devem assumir!
Essa medalha devemos chorar. As meninas da seleção brasileira foram encantadoras em muitos momentos dos jogos. Contra a Alemanha o show valeu! Infelizmente beleza e estética não garantem resultados. O Brasil de 82 também foi sublime e perdeu para a força da azurra. O mesmo se aplica à Holanda de 74 e a Hungria de 54. O futebol de resultado é cruel. Privilegia a força física, a tática, o preparo científico e negligencia a arte do futebol. As americanas têm o manual do resultado. Seguem o itinerário sem se preocupar com a forma e assim levaram o ouro. Provamos que temos condições de tornar atrativo o futebol feminino. O torcedor já está preparado para consumi-lo. Resta, portanto os dirigentes formarem seu mercado e teremos uma modalidade altamente interessante. Jogadoras como Marta e Cristiane podem lotar qualquer estádio. Temos certeza que neste Brasil de Deus, outras talentosas garotas podem jogar futebol de boa qualidade. A prata é um consolo, talvez o início de uma nova era no futebol feminino!




Ariovaldo Izac é jornalista e radialista e escreve no Blog do Ari


