O voleibol, embora seja o segundo esporte do Brasil, não possui uma cobertura e uma exigência tal qual o futebol. O torcedor torce para a seleção brasileira. Não existem clubes tradicionais de vôlei. Logo, a crônica esportiva brasileira trata o esse esporte com um certo paternalismo e pouca contundência jornalística! Em 1970, a imprensa esportiva praticamente escalou o time campeão. Fizemos um último amistoso aqui no Brasil contra a Áustria e vencemos por 1 a 0, com o chamado time do povo sugerido e exigido pela crônica esportiva. Em 1994, parreira e Zagalo tiveram que engolir à contra gosto o jogador Romário, que nos deu o titulo da copa! O caso Ricardinho foi tratado superficialmente. Não houve uma participação efetiva e profunda do jornalismo esportivo. Muito relato e pouca polêmica. No futebol isso não teria acontecido e certamente o povo motivado pela imprensa exigiria a presença de Ricardinho, ainda que fosse para abrir mão do treinador. Polêmica esportiva se faz muito em função do que poderia ter acontecido. No cenário olímpico, estávamos antevendo que os norte-americanos já vinham atropelando na preparação e chegariam na olimpíada no seu melhor. O levantador é o jogador mais importante do time. Viram a performance de Fofão no feminino? Guimarães teve de apelar para que ela continuasse na seleção. E vai continuar pedindo para que ela continue. Pelo desenrolar do jogo final a previsão com Ricardinho no time seria outra. Ganhar ou perder faz parte do esporte, contudo os times têm de jogar com sua força máxima. Perdemos apertado, quem sabe poderíamos ter ganho apertado com a presença de Ricardinho! O povo brasileiro foi o grande penalizado com o desentendimento entre Ricardinho e Bernardinho!
João Carlos de Freitas
João Carlos de Freitas
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