GUARANI 97 ANOS!!!

Na verdade poderia ser dia primeiro de abril. Por ser o dia da mentira, aquele grupo de 12 garotos liderados por José Trani, Romeu de Vito e Vicente Matalo, acharam por bem oficializar a fundação da agremiação para o dia 2 de abril. Não poderiam supor que aquela pequena aventura redundaria num fenômeno esportivo através dos tempos! Batizado de Guarany football club, em homenagem à Carlos Gomes, maestro campineiro e compositor da ópera O GUARANI, também imortalizada como obra prima da literatura brasileira por José de Alencar. Eram tempos remotos e a própria nomenclatura emprestava muita coisa da língua inglesa. Football por exemplo, club também e assim como todo vocabulário do jogo da bola. Golkiper, back, centerfower, córner, etc. O Guarani surgiu com vocação vencedora. Foi o segundo clube do interior paulista a subir para a primeira divisão de profissionais, inaugurou o seu estádio Brinco de Ouro da Princesa no início dos anos 50, se consolidou como clube poli esportivo nos anos 60. Foi também o primeiro clube a ceder jogadores para a seleção brasileira. Osvaldo Catigá, padrinho do Roberto Diogo. O primeiro clube do interior do Brasil a disputar o campeonato nacional em 1973 e naturalmente o primeiro também do interior do Brasil a conquistar o campeonato brasileiro. Benê, Babá, Washington, Alfredo, Flamarion, Amaral, Zenon, Renato, Careca, Jorge Mendonça, Neto, Evair, João Paulo, Amoroso, Luizão, Julio Cesar, alguns craques que representam de passagem a grandeza do clube. Todos nós temos na memória um grande momento proporcionado pelo time de futebol, sei que o brasileiro de 78 vai eleger jogos inesquecíveis, existem aqueles que vão preferir o derby. Com a licença da juventude, vou ao dia 18 de novembro de 1964, em que Joãozinho, Nelsinho, Babá e Carlinhos, garotos formados na base, barbarizaram o Santos de Pelé, impondo um clássico 5 a 1. Sidney, Osvaldo Cunha, Ditinho, Heraldo, Hilton e Diogo. Joãozinho, Nelsinho, Babá, Américo e Carlinhos. Armando Renganeski era o treinador!
Eu estava lá e jamais me esquecerei! O Guarani merece nosso reconhecimento e nossos parabéns!

João Carlos de Freitas