quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

PARADINHA "Uma criação de Dalmo"

Embora polêmica nestes últimos tempos, onde as opiniões se dividem entre sua validade ou não, esse recurso não é novo no futebol! Em 1963, Dalmo Gaspar, então jogador do Santos F.C. e um dos cobradores de pênaltis da equipe, resolveu criar mais uma dificuldade para os goleiros. E uma sessão de treinamentos com bola começou a treinar em cima de Silas, Laércio e Gilmar os goleiros do peixe da época, um movimento que incluía uma "paradinha" antes de bater a pena máxima. Assim na projeção do goleiro era fácil tocar para o gol desguarnecido. Era eficiente e belo. Pelé adorou e resolveu seguir a jogada de Dalmo. Portanto o carimbo do rei tornara a jogada "sagrada"!

Alguns especialistas em arbitragem abominam, alegando que pode trazer complicações para o jogo, ex: goleiro saindo antes, zagueiros invadindo a área e nesses casos o árbitro obrigado a retornar a cobrança pode gerar uma enorme discussão na partida. E de repente um tumulto. Cada seguimento defende seus interesses.

Sou um defensor do futebol como espetáculo. Acho o drible, a tabela, o passe bem feito recursos que acrescentam e embelezam o jogo. E futebol também é um jogo, portanto recursos que privilegiam a arte, a magia e o belo, devem ser prestigiados. A paradinha é um recurso que pode beneficiar o cobrador. Mas e o conceito do penalty? Não é tirar todas as vantagens do punido? Não é dificultar ao máximo a ação do goleiro? Pois bem, assim acho que é um recurso que destaca a arte de bater.

É um espetáculo à parte. Neymar deu um show em Rogério Ceni! Ceni também já fez a paradinha em outros goleiros! Abaixo o pontapé, o carrinho, a deslealdade, a catimba, a ofensa! Mas paradinha é arte, alegra o coração de quem assiste ao jogo, portanto para o bem do futebol ela deve continuar nos encantando e nesse ponto os burocratas do futebol devem esperar um próximo episódio para o manifesto. Este eles devem perder!

João Carlos de Freitas

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