Pelé é Rei! Quem imagina que esse título, do qual tanto nos orgulhamos, foi idéia de algum brasileiro, se enganou! Em 1958, a França tinha um belíssimo time na copa. O ataque era arrasador. Copeau e Just Fontaine eram atacantes fenomenais. Cruzamos nas semifinais contra os Les Bleus. O Brasil vinha de uma difícil partida contra País de Gales, onde o menino Pelé começava a aparecer mundialmente. Vencemos por 1 a 0 e Pelé fez o gol. Um golaço! No jogo contra nos franceses, Pelé confirmou que vinha para ficar e marcou 3 gols massacrando os franceses. Estes, em vez de amargarem o dissabor da derrota, reconheceram que aquele garoto era de outro mundo e enalteceram o futebol de Pelé! Um ano depois o jornal L¨Equipe batizaria Pelé como ¨O Rei¨! Nem para os verdadeiros Reis, esse título ficou tão pertinente. É impossível chamar Pelé, a não ser de Rei! Na Copa de 98, quando Pelé adentrou ao Estádio De France e foi notado pelo telão, todos se levantaram e o aplaudiram gritando seu nome! Guga experimentou esse mesmo fenômeno. Em Roland Garros recebeu homenagens dignas de nos fazer inveja. Acho que no Brasil ele não é tão reconhecido assim. O jogo foi o que menos importou para os expectadores, eles queriam era aplaudir e se emocionar com Guga. Paul-Henri Mathie, o adversário, ficou de saia justa! Ganhou por 3 a 0, mas não saboreou. Os franceses mostraram todo amor por nosso principal tenista de todos os tempos. O troféu, muito original, o carinho recebido, as emoções que transbordaram tudo isso nos foi uma grande lição! Nossos ídolos são mais reconhecidos no exterior do que no Brasil. E a França é o berço da idolatria para Guga e Pelé!
João Carlos de Freitas
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