segunda-feira, 11 de julho de 2011

AO MESTRE COM CARINHO!

Sidney Poitier interpretou o professor Mark Thackeray, filme de 1967 e que tornou-se referência naqueles turbulentos finais de anos 60. No ano seguinte Zuenir Ventura lançaria a polêmica obra literária "1968 - O Ano que não terminou". Refletia com fidelidade a angústia da juventude em buscar mudanças para um mundo desigual e injusto!
1967 é o ano em que nosso Mestre Dicá se torna jogador de futebol profissional.Ele começara um ano antes nos juvenis da Ponte Preta, levado por Renato Righeto e treinado por Carlos Verginelli Neto, o seo Lilo. No início de carrreira Dicá era praticamente um centro avante. Artilheiro, agressivo e ainda por cima talentoso. A virtude da elegância, inteligência e sentido coletivo ele levou pela carreira toda. A agressividade como atacante ficou apenas no início de carreira. Aos poucos se transformou em meia ponta de lança e nos anos 70 consolidou-se como meia armador, o camisa 10 do time.
Dicá jamais teve pretensões de ser Mestre. Menino simples e tímido, nascido , criado e vivido no movimentado e bucólico bairro da Sta Odila, ali pertinho do seminário de padres, onde as coisas do bairro aconteciam. Dicá foi jogador do E.C. Sta Odila com 15 anos. Mirrado, mas lépido, enfrentava os violentos zagueiros da várzea de Campinas. Sempre protegido por Walter Pezão, seu irmão de sangue e filho mais velho do seo Oscar, o pai que também adorava futebol.
O título do filme a que  me refiro, me serve para homenageá-lo sempre que a oportunidade aparece. Procuro não perdê-la, porque para mim Dicá foi o maior jogador que atuou em Campinas. Nunca me envergonhei de reverenciar – lhe idolatria. Acho que deveria patentear a marca, antes que algum aventureiro o faça e se apresente como admirador do Mestre sem ser. 
Nesse dia 13 de julho de 2011, Mestre Dicá completará 62 anos de idade. Formou uma família exemplar,  D.Berenice  uma espécie de seu anjo da guarda, os filhos Rodrigo, Gustavo, Neto e Letícia. Hoje tem nos netos a extensão do seu clã amado. Para ele não existe bem maior que a família.
Querido Mestre e amigo! Suas jogadas jamais sairão da lembrança de quem o viu em ação. Na Ponte, No Santos e até no Paulista por pouco tempo. O futebol brasileiro lhe deve porque não lhe vestiu a verde amarela. Contudo temos por você uma gratidão que só Deus pagará, nossos corações estarão sempre à espera de ocasiões em que lhe possamos reverenciá-lo com o carinho que mereces, como nesse seu aniversário de 62 anos! Parabéns!
João Carlos de Freitas

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