quarta-feira, 9 de setembro de 2009

HÁ TREZE ANOS ATRÁS

Corria o ano da Graça de 1996. Ainda discutíamos a validade ou não de ter vencido a copa 94 jogando na retranca. No futebol de Campinas era o Guarani quem dava as cartas. Beto Zini era o presidente e a equipe tinha um bom time. Beto gostava de trocar treinador e a façanha do ano foi dispensar Carbone que vinha bem no brasileiro e recontratar Carlos Alberto Silva. Beto não gostava de treinador que se destacava muito. Ele preferia ser a estrela da companhia e dividir com algum jogador que lhe era conveniente. Mas foi o último ano de grande status para a equipe. Chegou às oitavas de final do brasileiro e perdeu para o Goiás que tinha um grande time. O Grêmio foi campeão em cima da Portuguesa.

A Ponte buscava um resgate. Vinha de crises e mais crises. Estava à beira do caos. O presidente era Nivaldo Baldo, mas admitia já não ter forças de administrar. Sergio Carnielli era vice e entendia que a Ponte deveria ser Futebol! Assim Nivaldo não resistiu à pressão e Carnielli assumiu no dia 09 de Setembro de 1996. Sua primeira canetada foi demitir Marco Aurélio Moreira, um jovem treinador, que fizera boa campanha no primeiro turno da Série B Paulista e contratar Flamarion Nunes Tomazolli, um treinador emergente naquele ano! A coisa não funcionou e a equipe fez uma campanha apenas discreta do campeonato. Contudo em 97, um ano após assumir, a equipe consegue a promoção para a primeira divisão do brasileiro. Em 99 finalmente o clube volta à primeira do paulista. De 99 a 2002 a equipe teve bons momentos. Chegou à fase final dos brasileiros, teve jogadores convocados para a seleção brasileira, chegou à semifinal do paulista, quebrou o tabu de quinze anos sem vencer o rival Guarani e deu muitas alegrias aos seus torcedores! Hoje o time não passa por boa condição técnica. No terreno administrativo Carnielli luta para deixar a Ponte em dia com seus compromissos. Ocorre que o grande compromisso é com ele mesmo através de uma dívida que gira em torno de 30 milhões de reais! No futebol a Ponte está onde Carnielli encontrou. Segunda divisão do brasileiro, porém primeira do paulista. O torcedor se afastou reduzindo a média de público. São treze anos de altos e baixos, onde ela foi salva por Sérgio Carnielli e vive hoje na sua total dependência! O futuro é de muita preocupação!


João Carlos de Freitas

Um comentário:

Anônimo disse...

Um sujeito que diz na rádio que se ouviu algo é fato, então pode comentar, ouça essa: ninguém acredita em você a não ser seu amigo e chefe, Marco Antonio Eberlim.